A candidata da esquerda Luisa González e o jovem empresário liberal Daniel Noboa vão disputar a presidência do Equador em segundo turno no dia 15 de outubro. Eles foram os candidatos mais votados no pleito deste domingo (20), sem conseguir a maioria necessária se eleger no primeiro turno. Com a quase totalidade dos votos apurados, González tinha 33% do total, contra 24% de Noboa, no começo da manhã desta segunda-feira (21).
Em terceiro, com 16%, estava o candidato assassinado Fernando Villavicencio, substituído por Christian Zurita, que herdará sua votação. No fechamento da votação, a autoridade eleitoral registrou uma participação de 82% dos 13,4 milhões de equatorianos obrigados a votar, em um país com 18,3 milhões de habitantes. No exterior, houve “dificuldades” para votar por via eletrônica, segundo as autoridades.
Embora as pesquisas já previssem que González seria a mais votada no primeiro turno, graças à parcela de eleitores que a corrente política do ex-presidente Rafael Correa está acostumada a ter, Noboa não aparecia entre os primeiros nas pesquisas e seu apoio teve um aumento meteórico nos últimos dias, impulsionado pelo voto jovem e por apresentar uma imagem de “outsider” na política. Ele é filho de um dos homens mais ricos do país.
González, advogada e ex-deputada que ocupou vários cargos no governo de Correa, enfatizou em um discurso a apoiadores que será a primeira mulher a disputar o segundo turno de uma eleição presidencial no Equador. “Apelamos para a unidade de todos os equatorianos”, disse González, que acompanhou os resultados em Quito com o ex-vice-presidente do governo da Espanha Pablo Iglesias.
Para a candidata do movimento Revolução Cidadã, o assassinato de Villavicencio, inimigo ferrenho de Correa devido às denúncias de corrupção feitas contra ele ao longo de sua carreira jornalística, prejudicou sua candidatura e a impediu de vencer no primeiro turno. Para se eleger em primeiro turno no país, é preciso obter 50% dos votos ou ao menos 40% e não menos que dez pontos percentuais à frente dos demais.
Fonte: Jovem Pan