Os representantes do CPERS, sindicato responsável pelos servidores de escolas estaduais, estão fazendo uma caravana pelo Estado. O objetivo é conhecer as demandas das escolas e conversar sobre as lutas estabelecidas pedindo a reposição salarial.
Em Caxias do Sul, uma equipe coordenada pela diretora do Departamento de Funcionários da Direção Central de Porto Alegre, Juçara Borges, visitaram algumas escolas durante esta quarta-feira (17). Ela ressaltou que as escolas visitadas não estão em condições precárias. Segundo Juçara, tem escolas que precisam de reformas, como por exemplo, a Instituto Estadual de Educação Cristóvão de Mendoza que o piso está cedendo. Outra é a E.E.E.M Victorio Webber que tem um muro cedendo. Porém, em ambos os casos os processos de reforma já estão em andamento.
A principal demanda destacada pelos servidores de Caxias do Sul é a falta de professores. Após a deliberação pelo Governo do Estado do retorno obrigatório, sentiu-se a demanda de escassez de professores em Matemática e Português.
Juçara Borges após ouvir os servidores, falou sobre a reposição salarial que está sendo solicitada aos funcionários das escolas.
“Nessa caravana aproveitando as visitas nas escolas para falar das nossas perdas salariais que já chegam a quase 50% e que o governo tem caixa hoje em dia que daria pra dar. A gente não está nem solicitando reajuste e sim reposição salarial, que nós estamos com o salário há 7 anos sem reajuste. E colocamos pros colegas que nós temos também agora em janeiro, haverá o aumento do piso profissional nacional que o magistério tem direito. E, nós estamos também, como sindicato, reivindicando que se o Governo do Estado der o reajuste pro magistério que é em torno de 31%, que o ano passado o presidente não reajustou, a gente tá solicitando esse mesmo reajuste aos funcionários de escola.”
A diretora do Departamento de Funcionários comentou que os funcionários de escola tem um salário base no RS, de R$620,00, mais um valor de complementação, até que se atinja o salário mínimo regional. Nos momentos que ocorrem os reajustes, segundo Juçara, não há acréscimo no salário do funcionário, pois aumenta-se o salário sendo retirado do complementativo, ou seja, o valor recebido fica o mesmo.
O sindicato acompanhou na Assembléia Legislativa a apresentação da Lei Orçamentária do ano que vem, na qual não está descrito a reposição salarial ao magistério. Por isso, o sindicato enviou uma emenda popular solicitando 12% de reposição, a qual até o momento não foi aceita. Sendo assim, os sindicalistas iniciaram a campanha #ReposiçãoJá.
Até o dia 26 de novembro, diferentes comitivas do Sindicato irão percorrer todas as 9 regiões funcionais do Rio Grande do Sul. No site do CPERS está disponível o cronograma de cidades visitadas.