Brasil

Diesel e gasolina não devem subir no Brasil mesmo com alta mundial do petróleo

Aumento no preço da matéria-prima tem a ver com o anúncio feito pela Opep, que prometeu cortar a oferta do produto em 2 milhões de barris ao dia a partir de novembro

(Foto: RENATO S. CERQUEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO)
(Foto: RENATO S. CERQUEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO)

De acordo com interlocutores da Petrobras, mesmo com alta do barril de petróleo do tipo Brent nesta semana, não se deve esperar uma elevação dos preços de diesel e gasolina no mercado interno. O aumento no preço do petróleo tem a ver com o anúncio feito pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), que prometeu cortar a oferta do produto em 2 milhões de barris ao dia a partir de novembro. Os Estados Unidos prometem uma contraofensiva e querem ampliar a oferta em 10 milhões de barris ao dia para evitar os efeitos negativos sobre as economias do hemisfério norte, que estão com dificuldades relacionadas à inflação, juros mais altas e perspectiva de baixo crescimento, ou até mesmo recessão. Como o cenário vivenciado pela economia brasileira é diferente, funcionários da Petrobras afirmaram que a estatal não deve trazer a volatilidade e instabilidade do mercado internacional. Nesta quinta-feira, 6, o Brent fechou com alta de 1,12%, depois de subir cerca de 1,5% na véspera, e ficou a US$ 94,42. Já o barril estadunidense teve uma alta de 0,79%, após subir mais de 1% na véspera, e fechou a US$ 88,45.

O especialista na área de petróleo e gás e diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Pedro Rodrigues, deu entrevista à Jovem Pan News sobre a expectativa do mercado diante desse cenário: “Acho que a Petrobras vai esperar, ver como o mercado vai se comportar, para anunciar o aumento ou manter o preço dos combustíveis. Hoje ainda está na paridade internacional, e pode reajustar esse preço de cordo com o que vai acontecer nas próximas semanas e meses no mundo”. Dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), apontam que o diesel e a gasolina estão mais baratos dentro do Brasil em cerca de 8% e 9%, respectivamente. De acordo com operadores de mercado, a expectativa é de um ajuste para cima nos preços destes derivados do petróleo em breve.

Fonte: Jovem Pan