Comportamento

Dia Internacional de Combate ao Câncer Infantil: a importância do diagnóstico precoce

Dia Internacional de Combate ao Câncer Infantil: a importância do diagnóstico precoce

Nesta segunda-feira, dia 15 de fevereiro, é celebrado o Dia Internacional de Combate ao Câncer Infantil, que tem como objetivo aumentar a conscientização e a educação sobre a doença, facilitando assim o diagnóstico precoce e a realização do tratamento adequado.

A Agência Internacional de Pesquisa em Câncer estima que, no mundo, todos os anos 215 mil casos novos são diagnosticados em crianças menores de 15 anos e cerca de 85 mil em adolescentes, entre 15 e 19 anos. No Brasil, a projeção do Instituto Nacional do Câncer (Inca) é que, para cada ano, ocorram em média 625 mil novos casos de câncer.

Diferente do câncer que ocorre nos adultos, não há evidências científicas, até o momento, de que os fatores de risco relacionados ao estilo de vida influenciem o risco de a criança desenvolver a doença, sendo assim, não há prevenção. Por isso, é fundamental o diagnóstico precoce, bem como o início imediato do tratamento, visando melhores resultados.

“E como fazer um diagnóstico precoce? Consultar regularmente com o pediatra, atentar para os sinais e sintomas, estar em dia com a saúde do seu filho. E percebendo qualquer alteação, procurar a opinião de um especialista”, explica a Oncologista Pediátrica Dra. Angela Rech Cagol.

A especialista listou os principais sintomas que devem ser analisados pelos pais nos pequenos, possibilitando assim o diagnóstico da doença.

Saiba como identificar o câncer infantojuvenil 

  • Perda de peso e sinais de anemia, como pele pálida e falta de apetite;
  • Ganho excessivo de peso;
  • Manchas na pele que indicam distúrbio de coagulação, sangramento;
  • Cansaço excessivo e vontade de ficar sempre deitada;
  • Dor nas pernas que não passa e tende a aumentar gradativamente;
  • Cefaleia, dores de cabeça, principalmente ao acordar e no fim da tarde;
  • Vômito;
  • Distúrbios ao caminhar;
  • Alteração de comportamento;
  • Problemas de visão, relatando ver duplo ou não enxergar direito;
  • Distensão abdominal, barriga ‘endurecida’;
  • Ínguas no pescoço, na região do cervical, na frente, dos lados, que tendem a aumentar constantemente.

“Todos esses sinais são importantes e devem ser analisados, pois nos remetem que alguma coisa está acontecendo e que a gente precisa investigar”, conclui a oncologista.

O tratamento do câncer inicia com o diagnóstico correto. Considerando a complexidade da doença, deve ser efetuado em centro especializado pediátrico, por equipe multiprofissional, compreendendo diversas modalidades terapêuticas (quimioterapia, cirurgia, radioterapia, imunoterapia, transplante de medula óssea e/ou de órgãos) aplicadas de forma racional, e individualizada para cada pessoa de acordo com a extensão clínica da doença.