Neste mês, dois detentos do Presídio Estadual de Soledade iniciaram o ano letivo no ensino superior, pela Universidade Regional Integrada (URI) de Erechim. Ambos concluíram o ensino médio no Núcleo de Educação de Jovens e Adultos (NEEJA) da casa prisional e, agora, estão cursando, via Ensino à Distância, um em Gestão em Agronegócios, outro em Gestão Ambiental.
Os dois presos cumprem pena no regime fechado e, para estudarem, a administração da casa prisional solicitou ao Poder Judiciário a permissão para que os familiares imprimam os conteúdos didáticos e as apostilas. Bimestralmente, os custodiados são conduzidos até o campus da URI de Erechim, para fazerem as provas.
“Este é o segundo semestre que temos um desses dois presos buscando um futuro digno pós-cumprimento de pena. Acreditamos que o ensino é um dos pilares da ressocialização do apenado”, afirma Clevison Brum, administrador da casa prisional.
Conforme frisou a chefe da Divisão de Educação Prisional da Susepe, Ana Dreher, os profissionais do seu setor orgulham-se dos resultados crescentes de inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) para Pessoas Privadas de Liberdade (PPL) desde o ano de 2013.
Além disso, Ana afirmou que “o estímulo à leitura, à educação formal e informal são agregadores de saberes e valores que possuem o poder de empoderamento das pessoas privadas de liberdade. A grande maioria cursou até a 5ª série do ensino fundamental e despertou para a educação durante o cumprimento da sua pena”.
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