A despedida à vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) e ao motorista dela, Anderson Gomes, assassinados no Rio de Janeiro na noite da quarta-feira, dia 14, se transformou em uma manifestação de dor, protesto e indignação no Rio e em diversas cidades brasileiras, inclusive em Porto Alegre.
A morte da parlamentar e ativista de 38 anos causou comoção pela violência e aparente premeditação do crime, com características de uma execução. Ela e o motorista do veículo em que ela saía de um evento, Anderson Gomes, foram mortos com 13 tiros; quatro deles acertaram a cabeça da vereadora, três atingiram as costas de Gomes.
O corpo de Marielle foi sepultado no fim da tarde desta quinta-feira sob aplausos, protestos e homenagens de parentes, amigos e líderes políticos, no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, zona portuária do Rio de Janeiro. O corpo de Anderson Gomes foi sepultado no Cemitério de Inhaúma, na zona norte do Rio, no final da tarde. A cerimônia também atraiu um grande número de amigos e parentes. Ele deixou a mulher e um filho de dois anos.
À noite, o centro do Rio recebeu milhares manifestantes, muitos vestidos de preto, que criticaram a intervenção militar decretada pelo governo federal há um mês e também a Polícia Militar (PM), frequentemente acusada pela parlamentar de abusos e corrupção.
Em Porto Alegre, um ato reuniu representantes de movimentos sociais e de partidos de esquerda. Em São Paulo, a manifestação, que começou no fim da tarde em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), tomou o entorno do museu na Avenida Paulista. Em Salvador, participantes do Fórum Social Mundial saíram em passeata em protesto contra o crime.