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Descaminho de vinhos argentinos é investigado pela Polícia Federal no Rio Grande do Sul

Foto: PF
Foto: PF

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta sexta-feira (24) uma operação contra o descaminho de vinhos através da fronteira do Rio Grande do Sul com a Argentina. Foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão, sendo um em Porto Alegre e oito em São Borja (Fronteira-Oeste). Ao todo, os agentes estiveram em quatro casas, uma loja e quatro galpões de armazenamento. Nesses locais, foram recolhidas mais de 100 garrafas de vinho importados irregularmente, acondicionadas em 23 caixas de papelão.

De acordo com a corporação, o caso começou a ser investigado em outubro de 2020. Na época, uma abordagem da Brigada Militar (BM) constatou que um veículo que trafegava na região estava carregado com caixas de vinho e outros produtos. Os dois tripulantes do carro interceptado conseguiram escapar. Posteriormente, foram identificados e acabaram sendo o alvo das ordens judiciais cumpridas pelos agentes nesta sexta-feira – até a noite desta sexta-feira, não havia informação sobre eventual prisão da dupla pela PF.

Um dos investigados seria responsável pela travessia de diversos produtos, especialmente vinhos de procedência argentina, que são descarregados em portos clandestinos na margem brasileira do rio Uruguai. Além do comércio local, as bebidas tinham como destino grandes centros do País, sobretudo São Paulo e Rio de Janeiro. Nesses Estados, os artigos eram revendidos em sites especializados em vinhos e outros itens importados.

A estimativa, com base na análise das informações obtidas pela Polícia Federal, é de que aproximadamente 5 mil garrafas de vinho de origem ilegal vinham sendo mensalmente comercializadas por meio do esquema. A ofensiva foi denominada “Operação Sly”, em alusão à palavra que no idioma inglês significa algo como “esperto” ou “dissimulado”, forma como agiam os envolvidos.

Descaminho é um crime de ordem tributária, baseado na sonegação de impostos que devem ser pagos quando o produto estrangeiro entra ou sai do País. É diferente da prática do contrabando, que costuma envolver produtos proibidos.

*Com informações do O SUL