O Instituto Brasileiro do Vinho (IBRAVIN) espaço que dialoga com agricultores, vinícolas, cooperativas e membros do governo que desenvolvem a cadeira vitivinícola está com o pagamento de seus empregados atrasado devido a falta de acordo com o Estado.
Na noite desta terça-feira (2) o Secretário da Agricultura, Covatti Filho, esteve em Bento Gonçalves em reunião com o presidente do Ibravin, Oscar Ló para buscar uma solução para a liberação de R$ 12 milhões para o Fundo de Desenvolvimento da Vitivinicultura (Fundovitis), que está disponível na conta do instituto, mas não se pode ter acesso devido a falta da assinatura do convênio.
Desde o início do ano sem ter acesso aos recursos, o Instituto Brasileiro do Vinho já não está conseguindo manter suas despesas básicas. De acordo com fornecedores estão suspensos e campanhas de estímulo ao setor, como a de inverno, que ainda não foram realizadas neste ano. Os salários de 20 funcionários, incluindo 8 pessoas que trabalham no Laboratório de Referência Enológica (Laren), estão atrasados a cerca de dois meses.
Segundo o Tribunal de Contas do Estado (TCE) após auditoria verificou-se irregularidades nas prestações de contas entre os anos de 2012 a 2016, e ainda se encontram em análise os relatórios de 2017 e 2018.
Em nota, o Ibravin informou que as prestações de contas de 2012 a 2016, o instituto teria aplicado R$ 36 milhões em ações. O órgão regulatório identificou algumas irregularidades quanto aos processos internos e sugeriu que o valor a ser devolvido fosse de R$ 380 mil, ou seja, 1% do total aplicado pela entidade no período.
O Ibravin e a Secretaria da Agricultura após a reunião divulgaram que ambas as partes entenderam que vão empreender todos os esforços para dar continuidade das ações do Fundovitis, em prol do setor.