Últimas notícias

Deputado gaúcho protocola primeiro pedido de impeachment de Lula

Sanderson (PL) aponta crime de responsabilidade do presidente ao chamar de 'golpe' o processo de impeachment de Dilma

Encontro entre Lula e Maduro aconteceria na Argentina (Foto Ricardo StuckertDivulgação)
Encontro entre Lula e Maduro aconteceria na Argentina (Foto Ricardo Stuckert/Divulgação)


O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), é alvo de um primeiro pedido de impeachment do terceiro mandato. Antes mesmo do início do ano legislativo, o texto chegou à Câmara dos Deputados nesta quinta-feira. A justificativa é que o petista comete crime de responsabilidade ao tratar a retirada de Dilma Rousseff do poder como “golpe”.

“Ao afirmar em discurso oficial e público que o impeachment de Dilma Rousseff foi um golpe de estado, Lula atenta contra os Poderes e contra a Constituição Federal”, alega o deputado Ubiratan Sanderson (PL-RS), autor do requerimento.

O deputado Carlos Bolsonaro (PL-RJ) comentou a oficialização do pedido. “Primeiro pedido de impeachment de Lula: crime de responsabilidade ao discursar dizendo que Dilma sofreu golpe em 2016. Não vamos dar descanso”, escreveu.

Em discursos públicos, Lula reitera a narrativa de que a ex-presidente Dilma saiu do cargo por meio de um “golpe”. O impeachment, no entanto, decorreu de um processo autorizado e decidido pelo Senado e pela Câmara.

O PSDB também moveu uma ação contra o presidente, denunciando o petista pelo posicionamento. “Quem chama o impeachment de Dilma de golpe ataca a democracia no Brasil, o Congresso e o STF. É um discurso extremista e incentiva o ataque a instituições”, sustentou, em redes sociais, a direção do partido.

Além dos pronunciamentos, o site oficial da Presidência da República fala em “golpe de 2016” em um texto que apresenta a nova diretoria da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Pela referência, o governo Lula também é alvo de uma representação analisada pelo Ministério Público Federal (MPF) denunciando o presidente por “propagação de desinformação”.