Em entrevista exclusiva ao Grupo RSCOM, o deputado estadual Gustavo Victorino (Republicanos) abordou temas de interesse da Serra Gaúcha como o setor da uva e do vinho. Além disso, o parlamentar abordou a possibilidade de aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no Rio Grande do Sul e avaliou o segundo mandato do governador Eduardo Leite (PSDB).
Em sua fala, cobrou mais respeito pela produção vitivinícola da Serra Gaúcha. Considera que o setor foi desrespeitado, de acordo com ele, com algumas fake news durante o ano que passou. Contudo, afirmou que o setor precisa responder como tem feito ao longo dos tempos “produzindo os melhores espumantes e alguns dos melhores vinhos do mundo, dando uma resposta com trabalho, talento e competência“.
O deputado apontou a necessidade de manter uma visão diferenciada também no setor tributário. Ele citou que o Estado não pode ser massacrado pela irresponsabilidade do Governo Federal. Já ao ser questionado sobre propostas de infraestrutura para a região, bastante assolada com as fortes chuvas desde a metade do ano passado, ele lembrou que entre os diversos projetos que já apresentou na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul (ALRS), estão o repasse de recursos e o envio de alertas meteorológicos obrigatórios pelo celular, entre outros voltados para prevenção de acidentes e pela valorização do empreendedorismo.
“A Serra Gaúcha é historicamente uma das regiões mais empreendedoras do país, tem o maior núcleo metalmecânico do sul do país e um dos maiores da América Latina, além da questão vinícola, tem uma produção muito significativa e isso precisa ser respeitado. Respeitar com desenvolvimento de projetos e apresentando propostas. Diante dessa realidade nós temos que entender que é preciso aqui no nosso estado valorizar quem empreende, quem gera emprego e isso a Serra tem demonstrado pujança ao longo de décadas“.
Governo estadual
Em relação ao ICMS, que teve proposta de elevação por parte do Executivo estadual, Victorino citou que a decisão do Governo do Estado de aumentar o imposto caiu mal na Assembleia, inclusive, de acordo com ele, na base do próprio governo. Acrescentou que o projeto foi retirado antes da votação, pois se sabia que não tinha condições de aprovação e quis se evitar uma derrota.
Complementou que por outro lado, ficou a prerrogativa de reapresentação da proposta e que há temor pelo poder de negociação do governo estadual. Ressaltou ser contra o aumento de impostos e que é preciso ficar atento as manobras em busca de recursos, pois o governo acabou cortando os incentivos fiscais e, segundo ele, criou problemas gravíssimos para o Rio Grande do Sul. “Enfim, os problemas do RS continuam e parece que o governo está bem perdido nesse segmento“.
Notícias Relacionadas
OPORTUNIDADE
Comunicaverso: Festival da UCS, em Caxias do Sul, está com inscrições abertas
Voltada para estudantes do 1º ao 3º ano do Ensino Médio, Festival Comunicaverso Estudantil propõe imersão na área da comunicação
4ª Cavalgada dos Metalúrgicos e Metalúrgicas vai celebrar o tradicionalismo gaúcho em Caxias do Sul
Evento vai homenagear personalidades ligadas ao tradicionalismo com o Troféu Vilson Pontes. A concentração começa as 7h30 deste sábado (28), no estacionamento da Vila Poliesportiva da Universidade de Caxias do Sul
Ao ser perguntado sobre o segundo mandato de Eduardo Leite, o deputado estadual apontou que esperava um pouco mais de equilíbrio do governador. Nesse sentido, lembrou que Leite não foi o preferido dos gaúchos, pois não foi o mais votado no primeiro turno das eleições de 2022, tendo apenas um pouco mais de um quarto dos votos dos gaúchos, sendo eleito com o apoio da esquerda no segundo turno. O republicano disse que o governador não está focado nos interesses do Rio Grande do Sul, o qual considera um Estado falido.
“Isso alguém tem que dizer de forma bem clara e eu estou dizendo, o Rio Grande do Sul é um estado falido, não tem condições de cumprir com seus compromisso. O orçamento aprovado para 2024 traz um déficit inicial de R$2,7 bilhões e a busca por alternativas não pode ser o bolso do gaúcho. Chega, nós não aguentamos mais pagar imposto e buscar no bolso do consumidor, eu acho um grande erro. Eu vejo com muita preocupação, pois vejo o Leite muito mais preocupado em cuidar da imagem pessoal dele do que cuidar dos gaúchos, e isso preocupa bastante“.
Por fim, reconheceu que o problema do Estado não é só de Eduardo Leite, mas sim histórico. “O RS teve sua economia destruída pelos governos de esquerda, que concederam aumentos impraticáveis deixando um passivo muito difícil de ser cumprido“.
Em primeiro mandato, o jornalista e advogado Gustavo Victorino foi o deputado estadual mais votado nas eleições de 2022. Ele foi eleito com 112.920 votos.
