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Deputada Estadual denuncia fraude no concurso para Sargentos da Brigada Militar

A Deputada Estadual Luciana Genro (PSol), encaminhou as denúncias para o Ministério Público e deve protocolar pedido de investigação junto ao Tribunal de Contas do Estado.

Foto: Especial Leouve
Foto: Especial Leouve

O Ministério Público Estadual deve investigar possíveis irregularidades no processo seletivo para o Curso Técnico de Segurança Pública (CTSP 2021) e do Curso Superior de Tecnologia em Gerenciamento Auxiliar da PM, realizado pela Brigada Militar no último dia 11 de julho nas regiões de Porto Alegre, Caxias do Sul, Santa Maria, Pelotas e outas regiões do estado.

Uma das denúncias realizadas pela Deputada Estadual Luciana Genro (PSol), trata de um candidato que não teria participado do exame intelectual, por ter vaga garantida em razão do tempo de serviço, mas teve nota atribuída em seu nome. De acordo com a denúncia o policial estaria de serviço na hora da prova.

Foto: Reprodução

A deputada também questiona o critério para escolha da banca que realiza o concurso, alegando, inclusive, a presença de professores que dariam aulas em cursos preparatórios e pedem a suspensão do processo seletivo até que todas as questões sejam elucidadas.

De todas as denúncias que foram recebidas qual delas apontou irregularidades?

De todas as irregularidades que chegaram até mim, a situação que mais deixa em dúvida é o fato de algumas pessoas que estavam participando do concurso também estarem atuando no departamento de ensino, que tiveram acesso as provas e depois tiveram a incumbência de colocar no sistema as notas de cada concorrente, e alteraram as suas próprias notas e a de outras pessoas.

O Comandante Geral da BM, Coronel Vanius Cesar Santarosa, durante uma das lives da Assembleia Legislativa ignorou as perguntas apresentadas pela senhora. Qual sua posição quanto a isso?
Ele tem uma prevenção ideológica contra mim. Eu conversei com ele no whatsapp um dia desses em um tom amigável para tentar chegar a uma conversa para desfazer qualquer mal entendido do que pode estar acontecendo em relação ao concurso, e ele me tratou de forma desrespeitosa dizendo que estava surpreso da minha preocupação com os praças porque eu sempre fui contra a polícia me falou coisas absolutamente sem pé e nem cabeça. Sempre defendi o funcionalismo e estou sendo coerente em defender os praças.

Os praças são servidores públicos, mas vivem um sistema de opressão dentro dos quartéis onde os coronéis, os comandantes e os oficiais de alta patente tem todas as mordomias e acessos a todos os direitos e os praças ficam a ver navios com salários muito mais baixos.

Acredita que está ocorrendo omissão do comando geral da Brigada Militar em relação a possível fraude no concurso?
Total omissão! total omissão! No mínimo essa omissão diz respeito a falta de prestação de conta ao parlamento gaúcho do que está ocorrendo. Se existe alguma providência interna em relação as irregularidades ele não está passando ao parlamento. Acredito que isso não está acontecendo porque se tivesse tomando alguma providência ele teria a maior vontade de desfazer qualquer suspeita que possamos ter que estão acobertando irregularidades para manter esse concurso que foi feito as pressas sem a possibilidade das pessoas se preparar em meio a uma pandemia.

Depois das denúncias serem encaminhadas ao MP, existe alguma outra providência que pode ser tomada para que seja aberta uma investigação?
A próxima cartada é encaminhar a denúncia também para o Ministério Público do Tribunal de Contas com o Procurador-geral, Geraldo Da Camino, que é estremanente empenhado no combate a irregularidades. O seja se o Ministério Público não tomar uma providência imadiata vamos aciona-lo para que eles também possam abrir uma investigação e punir aventuais irregularidades no concurso.