O julgamento de Alan Robson Livinali Lora, Daniel Gomes Paim, Gabriel Assunção Flain e Paulo César da Silva da Rosa, denunciados pelo Ministério Público pela morte do adolescente Felipe Sturcio Stumff, está marcado para a próxima quarta-feira, 16 de dezembro, às 9 horas, em Caxias do Sul. O caso ocorreu em 12 de setembro de 2016, na localidade de Santa Justina, em Caxias do Sul.
O caso
De acordo com denúncia do Ministério Público (MP), no dia do crime, Rosa atraiu Stumff para fora de sua residência a mando de Lora e Paim, chefes do tráfico no bairro Planalto e líder de uma facção com atuação na Serra. Em seguida, com a chegada de Rosa e da vítima no local do crime, às margens da RS-331, na Linha 30, zona rural de Caxias, Flain e outro cúmplice não identificado deram início à execução determinada pelos chefes. Foi ordenado que Stumff ajoelhasse para, assim, Flain e seu comparsa atirassem contra sua cabeça. O corpo da vítima foi encontrado por populares um dia depois do assassinato. Desde então, Lora, Paim e Flain estão recolhidos na Penitenciária Estadual de Caxias do Sul, enquanto Rosa está em prisão domiciliar.
A morte envolveria dívida em virtude da compra de drogas. Na denúncia, o MP qualifica o crime como motivo torpe, mediante meio cruel e com recurso que dificultou a defesa da vítima.
Testemunhas
O adolescente teria sido executado por ter testemunhado a morte de Edson Machado da Cruz, 36 anos, assassinado no dia 19 de julho daquele ano, depois de uma discussão em uma residência na Rua Francisco Boniatti, bairro Planalto. No momento do crime, Felipinho estava na residência, jogando video-game , quando o tiroteio começou, mas não se feriu dentro da casa. O adolescente teria entrado em pânico e foi ouvido pela polícia ainda quando estava no Hospital Pompéia. Ele teria entregue a autoria do homicídio.
Corpo localizado
O corpo de Felipe foi localizado cerca de um mês após o desaparecimento. A identificação só foi possível em 15 de setembro de 2016. O Instituto Geral de Perícias (IGP) usou de filtros em três dedos da vítima, já que o corpo estava irreconhecível, em decomposição. Para se certificar da identidade, os peritos ainda mediram o crânio e também a arcada dentária e confirmaram as informações referentes a vítima.