Aproximadamente cinco horas, esse é o tempo médio que um paciente com suspeita de Covid-19 terá que esperar para ser atendido na Unidade de Pronto Atendimento -UPA Central, em Caxias do Sul.
Esse tempo foi cronometrado por Carise Minosso da Silva, que precisou buscar atendimento para a filha durante a manhã desta terça-feira (23). De acordo com o relato, ela e a filha de 17 anos, que está com os sintomas da doença, teriam chegado na tenda de atendimento por volta das 10h30 da manhã.
De acordo com a paciente, da hora da chegada até a consulta foram cerca de três horas e meia na fila de espera, e depois mais uma hora e meia até a realização do teste para o coronavírus.
“Durante a espera tinha gente desmaiando. Idosos tossindo bastante e pessoas com exames atestando confirmado para a Covid, ao lado de pessoas apenas com os sintomas ou suspeitos de estar com o vírus”. conta.
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Ainda na manhã desta terça a Secretária da Saúde, Daniele Meneguzzi, disse que a cidade tinha alcançado a ocupação de 100% dos leitos de UTI na rede pública, índice que se altera de forma dinâmica ao longo dos dias.
Os dados refletem as internações em UTI em geral, não apenas por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG, que inclui a covid-19), o que torna a situação ainda mais preocupante. Na rede privada, a ocupação é de 80%. Os dados são parciais.
De acordo com a assessoria de imprensa da SMS, na Tenda da UPA Central, a média de atendimento é de cerca de 160 pessoas atendidas ao dia nos últimos sete dias. Tenda da UPA Zona Norte: média de cerca de 130 atendimentos ao dia nos últimos sete dias.
Na tenda UPA central, número não baixa de 100 desde novembro. Na tenda da UPA Zona Norte, a média era de 80 pessoas ao dia antes desse pico. Conforme a orientação da SMS, grande parte são pessoas com sintomas leves, que poderiam consultar em uma UBS. Isso diminuiria a fila nas tendas.
