Demora na liberação da verba do Fiesporte põe realização de projetos em risco

A demora na liberação dos aproximadamente R$ 3,5 milhões dos contemplados pelo Fiesporte está colocando em risco a realização de alguns projetos contemplados pelo programa para o ano de 2017. Na manhã desta quinta-feira, dia 11, o professor Noeslem Lima, coordenador do Centro de Formação em Excelência em Badminton Colégio Murialdo lamentou ter que “mendigar” ao município a liberação do recurso previsto em lei. A Secretaria de Esporte e Lazer atribui a não liberação dos recursos à falta da homologação da prestação de contas de anos anteriores.

Ao todo, o projeto Fiesporte selecionou 103 projetos nas áreas educacional, rendimento, alto rendimento e de eventos. A divulgação dos contemplados ocorreu no dia 23 de março, em uma reunião com o prefeito Daniel Guerra. Segundo Noeslem, durante o encontro, o prefeito garantiu a liberação dos recursos no prazo entre 30 e 45 dias, o que ainda não ocorreu. “O que mais me deixa preocupado é que eu trouxe um professor de Porto Alegre para ser professor no centro de badminton porque ele é uma referência no país. E aí chega agora depois de dois meses e eu não tenho como acertar. Nos primeiros meses nós vendemos picolés, arrecadamos com rifas, querendo acreditar que nós receberíamos logo o repasse, mas até agora nada”, reclama o professor.

A Secretária de Esporte e Lazer, Marcia Rohr da Cruz, disse que a falta da prestação de contas dos anos anteriores é o que está travando a liberação do repasse. “Até o ano passado não era cumprida essa parte da legislação. Nós vamos aplicar a legislação e os recursos só serão liberados depois que a prestação de contas ocorrer”, garante a titular da SMEL.

A previsão de regularização da prestação de contas na Secretaria de Gestão e Finanças é de 15 dias. Enquanto isso, os projetos contemplados em 2017 terão que aguardar. “A gente atende mais de 300 crianças que são do bairro Pioneiro, do bairro São Victor, do bairro Santa Fé, crianças em situação de vulnerabilidade social que estão dentro do Murialdo. Hoje nós somos referências no estado, mas para a prefeitura nada disso é relevante”, desabafa Noeslem.