Depois de terem a prisão temporária decretada pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF) a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o empresário Joesley Batista e o ex-executivo da J&F Ricardo Saud, se apresentaram na sede da Polícia Federal, na Lapa, Zona Oeste de São Paulo, às 14h05min deste domingo, dia 10.
Os dois devem ser levados para a carceragem da Polícia Federal em Brasília, onde ficarão à disposição da Justiça, provavelmente nesta segunda-feira, dia 12. Eles devem ficar presos por cinco dias.
O pedido de prisão foi feito depois de Janot concluir que os colaboradores esconderam do Ministério Público fatos criminosos que deveriam ter sido contados nos depoimentos. A conclusão de que os delatores omitiram informações passou a ser investigada pela PGR a partir de gravações entregues pelos próprios delatores como complemento do acordo.
Janot também pediu a prisão do ex-procurador Marcelo Miller, mas o pedido foi negado por Fachin, que disse que não estavam claros indícios de que ele havia sido cooptado pela JBS.
Com a prisão, o acordo de delação premiada firmado entre a JBS e a Procuradoria-Geral da República deve ser revisto, e alguns benefícios deverão ser reavaliados.