O nome de momento mais cotado para assumir a secretaria de Habitação de Caxias do Sul é o de Sílvio Daniel, assessor do vereador Pedro Rodrigues, do Partido Liberal (PL). Ele deve assumir a vaga que atualmente pertence a José de Abreu, o Jack (PDT), que irá para a Câmara de Vereadores com a ida de Rafael Bueno para a secretaria da Saúde em 6 de outubro.
Oficialmente, não há a confirmação do nome, mas pessoas ligadas ao PL confirmaram à reportagem que existem tratativas de representantes da sigla com o prefeito Adiló Didomenico (PSD) para formalizar o ingresso na pasta de primeiro escalão.
Daniel é secretário municipal do partido e foi candidato a vereador em 2020. No primeiro mandato de Adiló, teve ocupou cargo de confiança.
Reflexo interno
O vereador mais votado e crítico do governo Adiló, Hiago Morandi (PL), afirmou que seguirá seu modelo de trabalho opositório e fiscalizador.
“Um governo forte é com uma oposição forte. Isso não vai nos rachar, fico mais isolado, bato dez vezes mais no prefeito, e assim vamos continuar. Isso vem de uma falta de articulação do vereador Daniel (Santos, do Republicanos) que não passou projetos do governo por falta de quórum. Aí tem que vir o prefeito e negociar com o PL por falta de articulação”, disse na sessão desta terça-feira (30).
Para a reportagem, o líder do PL na Câmara afirmou que “vai continuar sendo uma forte oposição”.
Sandro Fantinel (PL) reforça que a decisão é exclusiva do vereador Pedro Rodrigues, e não uma solução partidária. Ele afirma entender e respeitar. Sobre ser oposição ao governo, o parlamentar reforça que irá aprovar bons projetos.
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“Eu não concordo com essa nomeação, mas não oprimo, não criminalizo, é a minha visão, respeito a decisão do vereador Pedro. Cada um tem autonomia para agir conforme entende ser correto. Eu não sou da base, mas também não sou oposição ferrenha: quando tem projeto bom eu aprovo, quando tem erro eu critico. Se ele acha que é interessante para ele, para o trabalho dele como vereador, eu tranquilamente não me oponho, mas assim como partido, a gente não concorda muito com essa nomeação. Essa é uma decisão exclusiva do Pedro, responsabilidade dele com os eleitores dele, não do partido”, diz Fantinel.
Daiane Mello (PL) enfatiza que, desde a eleição do governo Adiló, o PL foi posto, pelos moradores de Caxias do Sul, como oposição. Segundo a parlamentar, a decisão de ter um nome vinculado à sigla no primeiro escalão do executivo não é formatada pelo partido. Ela afirma que seguirá como oposição.
“Desde que o prefeito Adiló venceu a eleição, o PL foi colocado pela própria população como oposição, já que o nosso candidato não se elegeu. Automaticamente, ao assumirmos na Câmara, passamos a exercer esse papel, que continuará. Eu, como vereadora, seguirei com meu mandato, fiscalizando, apontando erros e trabalhando em prol das pessoas. Acredito que o vereador Pedro agiu por conta própria ao indicar uma pessoa de sua confiança. Isso não tem relação com o PL, até porque não foi uma decisão discutida dentro do partido nem da nossa bancada. Hoje, quando conversamos sobre o assunto, reafirmei minha posição de oposição. Havendo irregularidades, inclusive na área da habitação, cumprirei meu papel como vereadora eleita para tal”, completa.
O vereador Capitão Ramon (PL), vice-presidente municipal da sigla, disse que fará um pronunciamento por meio de nota.
“Sobre esse assunto, eu sou o vice presidente da sigla no município. Então, estamos montando uma nota oficial do PL municipal, a cerca do ocorrido”, diz.
