O enfrentamento diário de efetivos da Brigada Militar no combate ao tráfico de drogas no Rio Grande do Sul vem apresentando resultados positivos ao longo de 2020. Somente no primeiro semestre deste ano, os números de apreensões de materiais ilícitos representaram 59% de todo o montante confiscado em 2019. Os dados, reproduzidos pelo setor de Estatística e Registro Operacional da BM, ainda comprovam este aumento na evolução por períodos (ano a ano) e também em categorias específicas – cocaína, maconha e crack.
A partir do trabalho de inteligência policial, integração com outros órgãos e operações pontuais baseadas na análise criminal, a Corporação tem tido êxito na desarticulação de associações criminosas em diversos municípios. Outro fator que contribui para o aumento de apreensões, é a ênfase de fiscalização e ações em rodovias estaduais, especialmente pelo Comando Rodoviário da Brigada Militar e nas áreas fronteiriças pelos Batalhões de Fronteira. A soma dessas ofensivas, portanto, está resultando no recolhimento de grande quantidade desses produtos ilegais.
O crescimento contínuo de apreensão total teve início em 2017, com aumento de 36% em relação a 2016. Em 2018 os números voltaram a subir – 18%. Já em 2019, período com a maior quantidade de drogas apreendidas até aqui (11 toneladas), a evolução foi de 145% se comparado aos 12 meses anteriores. Agora em 2020, em apenas um semestre, a Brigada Militar já superou os anos de 2016, 2017 e 2018, e se encaminha também para alcançar registros superiores aos de 2019.
No comparativo com o primeiro semestre de 2019, o período de 2020 teve números elevados, com a Brigada Militar apreendendo um maior volume de drogas em duas das três categorias que compõem os dados analisados, além de ter um melhor resultado total.
Nestes seis meses iniciais, foram retirados das mãos de criminosos 646,9kg de cocaína, contra 487,7kg no ano passado (33%). A quantidade de maconha recuperada também aumentou. Foram 6.965,2kg em 2020, diante os 6.134,3kg em 2019 (14%). O único material ilícito que teve queda na quantidade de apreensão foi o crack. Em 2019, 322,5kg deixaram de circular no Estado, e neste ano 227,4kg (-29%). Ainda assim, em números absolutos, o primeiro semestre de 2020 foi superior em quantidade de drogas apreendidas em relação ao mesmo período anterior: 7.839,6kg frente aos 6.944,5kg (13%).
Ao confrontar os dados de cada droga apreendida nos últimos quatro anos e neste primeiro semestre de 2020, os números também afirmam a efetividade do trabalho de policiais militares atuantes na linha de frente na luta contra a criminalidade. No total absoluto, os índices apresentam uma evolução de 147% na apreensão de cocaína, 32% de crack e 170% de maconha.
No comparativo dos últimos anos, a apreensão de cocaína teve uma pequena queda entre 2016 e 2017, voltando a subir em 2018, o que se manteve também no ano passado. Em 2020, em apenas um semestre, a Brigada Militar já recolheu quantidade superior aos quatro períodos anteriores. Até então, foram 646,9 kg confiscados contra os 511,7kg (de 2019), 429,6kg (de 2018), 233,7kg (de 2017) e 262kg (de 2016).
Mesmo sendo a única droga que não teve aumento de apreensões no comparativo entre o primeiro semestre de 2019 e o deste ano, a quantidade de crack recolhido a partir de 2016 vem crescendo e já apresenta uma evolução de 32%. Em 2020, os 227,4kg que foram capturados já são maiores do que os 172,8kg, de 2016, e os 195,3kg, de 2017. O atual número ainda está próximo de chegar aos 294,6kg, de 2018, e os 342kg, do ano passado.
Já em relação a quantidade de maconha apreendida, o estudo demonstra que a droga representa o maior crescimento geral. Em números, a Brigada Militar já recolheu 6.965,2kg em 2020, o que representa superioridade aos anos de 2016 (2.577,7kg), 2017 (3.655,3kg) e 2018 (4.089,9kg). No comparativo com 2019, que acumulou 10.940kg, o total recolhido no presente ano representa 63,6% do período anterior.
Para o Comandante-Geral da Brigada Militar, Coronel Rodrigo Mohr Picon, o aumento dos indicadores representam o forte trabalho desempenhado pelas guarnições da corporação, sobretudo dos Comandos e Batalhões Rodoviários, que evitam o deslocamento de traficantes e de drogas nas rodovias do Estado. “Nós estamos fazendo muitas abordagens, prisões, e agora, durante a pandemia, apreensões com grandes quantidades de drogas. Isso (o aumento de apreensões) reflete o trabalho que está sendo executado, no sentido de trabalharmos muito forte em cima do tráfico de drogas, que é uma forma de prevenção, inclusive, de homicídios e outros crimes”, relata o Comandante-Geral, otimista que os números continuem crescendo.