A CPI que visa investigar o serviço prestado pela CEEE Equatorial e pela RGE na distribuição de energia elétrica, proposta pelo deputado Miguel Rossetto (PT), segue a uma assinatura de sair do papel. O requerimento conta com 18 das 19 assinaturas necessárias. Um movimento similar, em 2022, que era capitaneado pelo deputado Jeferson Fernandes (PT), não chegou a se concretizar na abertura de uma comissão de inquérito, embora contasse com o apoio de um partido que, na nova tentativa deste ano, ainda não definiu uma posição: o PDT.
Naquele ano, em março, as bancadas do PT, PSol e PDT anunciaram apoio ao requerimento de uma CPI, com foco na CEEE Equatorial, que havia passado para a iniciativa privada alguns meses antes, em julho do ano anterior. Na legislatura passada, as três bancadas tinham somadas 14 deputados, número de assinaturas confirmada quando do anúncio do protocolo do requerimento, realizada no Salão Júlio de Castilhos.
O PDT, que havia votado contra a privatização, foi representado no ato pela então líder da bancada, a ex-deputada Juliana Brizola. Na atual legislatura, o PDT segue com quatro deputados, assim como na passada. No entanto, diferente da tentativa passada, quando eram oposições, os pedetistas atualmente estão na base do governo de Eduardo Leite.
Líder da bancada, Eduardo Loureiro evita ser definitivo sobre o assunto, projetando uma discussão entre os parlamentares do PDT. “Não tivemos, até em função do recesso, oportunidade de fazer uma discussão aprofundada. Pretendemos fazer na semana que vem e a partir daí a gente teria melhores condições de oferecer um posicionamento da bancada.”
Além de Loureiro, Gerson Burmann e Luiz Marenco, que já tinham cadeira na legislatura passada, Airton Artus compõe a bancada. Na semana passada, Artus disse acreditar que audiências públicas em comissões permanentes poderiam ser um melhor caminho, sendo uma CPI a última instância.
A próxima semana marca o final do recesso parlamentar, com a posse de Adolfo Brito (PP) na presidência da Mesa Diretora, na quarta-feira.
Somando-se à totalidade das bancadas do PT, PCdoB e PSol, já assinaram o requerimento o deputado Capitão Martim (Republicanos), de uma sigla que está na base, e os deputados Rodrigo Lorenzoni, Paparico Bacchi e Kelly Moraes, todos do PL, partido de oposição mais à direita, que teve uma orientação por parte da executiva estadual para a adesão.
Fonte: Correio do Povo