Bento Gonçalves

Corsan reforça importância de a população utilizar recursos hídricos com responsabilidade

Imagem: Günther Schöler/Grupo RSCOM
Imagem: Günther Schöler/Grupo RSCOM

Depois de mais dez decretos de situação de emergência chegarem à Defesa Civil Estadual no último sábado (22), o Rio Grande do Sul alcançou a marca de 335 prefeituras gaúchas que formalizaram pedidos de socorro. O desespero se dá pelo prejuízo em lavouras e pela dificuldade de abastecer zonas rurais onde poços e açudes secaram em razão da falta de chuva.

Sendo assim, agora, mais do que nunca, a importância de cuidar da água é extrema. Por conta disso, a reportagem do Grupo RSCOM conversou com o gerente da Corsan de Bento Gonçalves, Marciano Dal Pizzol, que explicou sobre a importância da responsabilidade com a água neste momento de estiagem.

“Hoje a nossa barragem está marcando em torno de 12 metros, sendo que o seu nível de transbordo fica em torno de 15 metros. Ou seja, ela está três metros abaixo do nível normal. Porém, ainda é considerada uma boa quantidade levando em conta toda a nossa estiagem atual. É um nível considerável, onde a gente ainda não está ligando o alerta para racionamento. As chuvas, mesmo que pouco, sempre ajudam. Porém elas ainda não são suficientes para recuperar o nível de transbordo da barragem. Então, todo e qualquer consumo que se faça a gente pede encarecidamente para a para a população que se faça de maneira moderada, consciente e inteligente, sempre buscando o consumo consciente da água para que não precisemos sofrer com uma possibilidade de racionamento. […] Independentemente de ser um período de secas e que daqui a pouco essa situação se normalize, é sempre recomendado pela companhia o consumo consciente da água”, destacou Dal Pizzol.

Além de toda essa situação adversa, na manhã desta quinta-feira (27), foi publicado no Diário Oficial da União o reconhecimento do governo federal, através da portaria nº 221, para o decreto de situação de emergência publicado pelo município de Bento Gonçalves em função da estiagem. Anteriormente, o decreto já havia sido homologado pelo estado.

Ocorre que, segundo o laudo da Emater, estima-se um prejuízo no setor primário de R$ 37 milhões, com uma perda de 20 a 25% da produção. Sendo que foram afetados o cultivo da uva, outras produções (pêssego, laranja, bergamota, ameixa e outros), olerícolas e o milho. Segundo as informações, o reconhecimento do governo federal permite aos produtores acesso a financiamentos específicos para períodos de emergência, entre outras ações.