Os corpos de três homens que estão sendo mantidos pelo Posto Médico-Legal (PML), podem ir parar no centro de estudos anatômicos na Universidade de Caxias do Sul (UCS), caso os parentes não os reivindiquem nos próximos dias.
O Instituto Geral de Perícias (IGP), está tentando o contato com os familiares, em um dos casos as tentativas já duram quase um ano, mas não houve nenhuma resposta.
De acordo com perito criminal Airton Kraemer, coordenador da 2ª Coordenadoria Regional de Perícias do Instituto Geral de Perícias, o fluxo de movimento é sempre grande já que a capacidade de armazenamento da geladeira, única de região da Serra, é de apenas seis corpos, por isso a urgência de encontrar os parentes dos mortos que lá estão.
Conforme Kraemer, os corpos ficam armazenados pelo menos seis meses até o início do rito da doação para as instituições educacionais. “As vezes a própria família encaminha a doação depois de identificados, mas já doamos também para outras universidades”, explica.
Confira as identidades :
João Luiz Farias, 57 anos, chegou no DML no dia último dia 6 de agosto após ficar vários dias internado no Hospital Pompéia e morrer em decorrência de uma hemorragia digestiva. Natural de Erval Seco, no norte do Estado, e por último estaria morando em Vacaria.
Carlos Roberto de Oliveira, 55 anos, morador de rua que deu entrada no DML, no último dia 26 de outubro. Oliveira foi socorrido pelo Samu na Rua Armando Salvador, próximo da Loga do bairro Desvio Rizzo. A causa da morte não foi confirmada, entretanto o IGP, diz que a morte não foi violenta e pode ter sido causada por uma doença pré-existente.
Antônio Ferra dos Santos, 68 anos, também era morador de rua e foi encontrado caído na Rua Coronel Camisão, no bairro Lourdes, em Caxias do Sul. O Samu foi até o local e constatou o óbito.