Bento Gonçalves

"Conheci vinhos muito bons", afirma diretor-geral da Veronafiere em Bento

"Conheci vinhos muito bons", afirma diretor-geral da Veronafiere em Bento
Giovanni Mantovani revelou que feira internacional de vinhos em Bento será realizada em novembro de 2018 (Fotos: arquivo)

O diretor-geral da Veronafiere, empresa italiana responsável por grandes feiras mundiais do setor vitivinícola, Giovanni Mantovani afirmou em Bento Gonçalves na noite desta quinta-feira, dia 23, que a primeira feira internacional do setor na América Latina será realizada em novembro de 2018. Na cidade, onde participou da inauguração do Centro Empresarial do CICBG, ele revelou a intenção de ampliar o mercado brasileiro para o consumo de vinhos, disse que acredita no incremento do turismo com a realização da feira e garantiu que considera os vinhos produzidos na Serra Gaúcha como muito bons.

Leouvê – O que representa para a cidade a realização de uma feira internacional que contará com a experiência da Veronafiere?

Giovanni Mantovani – Representa o fato que a experiência da Veronafiere no setor vinícola e de óleo de oliva vai contribuir para a melhora da tecnologia para o setor, vai criar um evento de característica internacional, mas que parte como um evento dedicado ao vinho brasileiro e do Mercosul.

Leouvê – Já existe um cronograma definido?

Mantovani – A primeira edição pensamos em fazer em novembro de 2018. O projeto estará pronto até o fim deste ano e será apresentado em janeiro do ano que vem.

Leouvê – Qual o objetivo da feira no país?

Mantovani – O Brasil é um grande mercado e que pode crescer muito. O país tem um consumo médio de vinho muito baixo e estimamos que pode crescer muito. E é um mercado importante para os produtores brasileiros de vinho, mas também para os produtores do Mercosul, Chile e Argentina, além do Brasil, que são mercados importantes. E ainda é importante mostrar ao mundo que o Brasil e o Mercosul produzem vinho de qualidade. Este é o elemento de novidade.

“Vamos alavancar a possibilidade de que o vinho seja também um intérprete do turismo no sul da América Latina, esses países maravilhosos que são ligados à produção de vinho e que podem ser muito atrativos ao turismo internacional”

Leouvê – O que pode ser considerado como o cortação da feira?

Mantovani – O coração da feira será fazer crescer a cultura que já existe do vinho no Brasil e em toda a América Latina. Para isso, dedicaremos uma experiência que já experimentamos no mundo, de criar uma escola de formação sobre vinho, que faça crescer a figura dos experts em vinho do continente americano. E também, por outro lado, vamos alavancar a possibilidade de que o vinho seja também um intérprete do turismo no sul da América Latina, esses países maravilhosos que são ligados à produção de vinho e que podem ser muito atrativos ao turismo internacional, e um terceiro elemento, que ela seja uma referência tecnológica para todo o Mercosul.

Leouvê – Qual a principal contribuição da experiência internacional da Veronafiere na realização de feiras do setor em vários lugares do mundo?

Mantovani – Eu creio que essa experiência pode colocar à disposição dos produtores locais uma grande e importante rede de relacionamento mundial. Uma feira colocada aqui nessa zona maravilhosa pode servir também de instrumento para dar ainda mais qualidade ao vinho produzido nesta área e acrescentar valor seja no mercado interno como também no mercado internacional. O mundo não sabe que grande parte do vinho de qualidade no mundo é produzido nesta parte do sul da América.

“Degustei coisas boas, coisas um pouco menos boas, como é normal que seja, porque é preciso conhecer a escala. Mas vou ter que experimentar muito mais (por causa da feira), mas posso dizer que conheci vinhos muito bons”

Leouvê – O foco da feira será a realização de negócios?

Mantovani – Será uma feira aberta, em parte business to business, com operadores profissionais, mas também aberta a consumidores, porque para nós é interessante ver como nesta zona também os consumidores possam se interessar e realizar jornadas de conhecimento e aprendizagem.

Leouvê – O senhor já conhece o vinho brasileiro. Qual sua impressão?

Mantovani – Degustei coisas boas, coisas um pouco menos boas, como é normal que seja, porque é preciso conhecer a escala. Mas vou ter que experimentar muito mais (por causa da feira), mas posso dizer que conheci vinhos muito bons. Honestamente.

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