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Concessionária planeja duplicações em rodovias da Serra Gaúcha; início previsto para o fim de 2024

São previstos pelo menos R$ 220 milhões em investimentos até o começo de 2025 entre as ERSs 122, 446 e 240, as RSCs 453 e 287 e a BR-470

Concessionária planeja duplicações em rodovias da Serra Gaúcha; início previsto para o fim de 2024
Foto: Reprodução/CSG/JC


A concessionária Caminhos da Serra Gaúcha (CSG) entra no segundo ano de operação das rodovias estaduais entre a Serra Gaúcha e o Vale do Caí com o plano de manter o volume de investimentos elevando, a fim de tirar do papel mudanças na estrutura destas rotas para o motorista gaúcho. São previstos pelo menos R$ 220 milhões em investimentos até o começo de 2025 entre as ERSs 122, 446 e 240, as RSCs 453 e 287 e a BR-470.

De acordo com o diretor-presidente da concessionária, Ricardo Peres, serão R$ 160 milhões em melhorias das rodovias e R$ 60 milhões dedicados à operação dos trechos. Em 2023, em seu primeiro ano de concessão, a CSG aportou R$ 270 milhões no Estado, prioritariamente, em serviços de qualificação da pavimentação de todo o trecho concedido.

Para 2024, o principal projeto só começará a ser visto nas pistas, provavelmente, a partir de novembro. É quando iniciarão as obras de duplicação de três trechos nevrálgicos das rodovias da região: a ERS-122, no entorno de Caxias do Sul, a RSC-453, entre Farroupilha e Bento Gonçalves, e a ERS-240, no trecho urbano de Montenegro. Conforme Peres, as obras serão concomitantes, e têm, conforme o contrato da concessionária, até o início de 2026 para serem finalizadas.

“Teremos boa parte deste segundo ano para finalizarmos todos os projetos executivos dessas obras fundamentais de duplicação e, no primeiro momento das obras, entre novembro deste ano e janeiro de 2025, iniciaremos as obras de viadutos e pontes que precisam ser construídos e são trechos mais demorados neste tipo de empreitada”, explica o diretor.

Neste ano, são previstos repasses em torno de R$ 15 milhões para os primeiros movimentos de duplicação, entre os projetos e desapropriações. Até o final das três obras, daqui a dois anos, serão R$ 500 milhões. Fazem parte do orçamento as adaptações de acostamento, também exigidas na concessão das rodovias da Serra e Vale do Caí.

No entanto, enquanto não iniciam as duplicações, a CSG investirá em torno de R$ 25 milhões em 2024 para adaptações em acostamentos nos trechos que não serão duplicados, especialmente na ERS-122. A projeção da concessionária é fechar 2024 com a implementação de 34,66 quilômetros de acostamento.

Entre os investimentos previstos para este ano, há ainda R$ 5 milhões a serem destinados à construção de um ponto de parada para descanso (PPD) para caminhoneiros. O local onde a estrutura será criada ainda é estudado pela CSG.

Rodovias mais modernas

No início de fevereiro, a CSG divulgou o balanço das suas ações no primeiro ano de concessão nas rodovias gaúchas. A prioridade dos investimentos entre os 271,5 quilômetros concedidos esteve no início dos trabalhos de pavimentação e sinalização. Foram, por exemplo, 40 quilômetros de recuperação asfáltica na ERS-122, entre os municípios de Antônio Prado e Campestre da Serra.

Ao todo, a concessionária informa que foram 105 mil toneladas de asfalto-borracha, considerado de maior eficiência e durabilidade, aplicados entre fresagens, recuperação asfáltica e tapa-buracos. No maior dos trechos, foram 33 quilômetros na ERS-240, entre São Leopoldo, Portão, Capela de Santana e Montenegro.

“Continuaremos aportando recursos no pavimento e sinalização, mas neste segundo ano, nossa prioridade estará na tecnologia. Chegaremos ao final de 2024, certamente, como o trecho concedido de rodovias estaduais mais moderno no País”, projeta Ricardo Peres.

Com aportes que ultrapassam os R$ 100 milhões – incluindo ações de pavimentação e alargamentos de viadutos e pontes já existentes –, a concessionária inicia em 2024 a instalação de fibra ótica para colocação de até 180 câmeras inteligentes para o monitoramento de 100% dos trechos concedidos.

“Serão em média uma câmera a cada dois quilômetros. O objetivo, que está previsto no contrato de concessão, é não termos pontos cegos nas rodovias. Hoje, só temos algumas câmeras instaladas em pontos estratégicos”, diz o diretor.

Serão ainda instalados neste segundo ano de concessão os radares de velocidade também exigidos em contrato. O pacote de ações tecnológicas entre as rodovias da Serra Gaúcha e Vale do Caí é completo pela expectativa de, ainda no primeiro trimestre deste ano, ter instalados os seis pontos de cobrança de pedágio pelo sistema free flow, que atualmente está em operação no primeiro ponto.

De acordo com o diretor, o início da operação depende somente da liberação pelo governo estadual.
“Seremos a primeira concessão brasileira com 100% da cobrança de pedágio free flow”, explica Ricardo Peres.

Triplicações no horizonte

E se 2024 marcará a arrancada das principais duplicações, com o objetivo de, até 2030, ter 120 quilômetros duplicados, entre o sexto e sétimo anos de concessão (2028 e 2029) está previsto o início de quatro trechos de rodovias a serem triplicadas, com três faixas em cada sentido.

De acordo com Ricardo Peres, serão triplicadas a ERS-240, entre São Leopoldo e a atual praça de pedágio de Portão, a ERS-122, entre Caxias do Sul e Farroupilha, a travessia urbana de Farroupilha, na RSC-453, e na BR-470, na sua saída em Bento Gonçalves até o entroncamento com a RSC-453.

Fonte: Jornal do Comércio