A dor é como hóspede indesejável que lutamos incessantemente para expulsar. Todavia, quando se vai, deixa um legado para o hospedeiro. Faz parte dos contornos da vida, auxiliando-nos no desenvolvimento das qualidades e virtudes que possuímos. Basta uma mera meditação, que a sensatez mostrar-nos-á o aprendizado forjado pelo desequilíbrio. Ela, a dor, é o mecanismo no qual se opera a lei Divina, invadindo os lares, liberando o progresso em todos os sentidos. Sua visita é mensagem de Deus para nós, gesticulando que estamos prontos para frequentar um novo curso.
Os emissários Divinos fazem-se presentes junto aos enfermos. A aflição, dentro da concepção evolutiva humana, simboliza o degrau dessa ascensão. Desamarrando nas profundezas da alma forças novas, que são aos poucos percebidas. As mais conhecidas personalidades que fizeram parte da história, diante do sofrimento, valorizam esta experiência e enriquecem seus sentimentos aprimorando seu raciocínio, contraindo firmeza na marcha progressiva.
O corpo-físico, veículo da disfunção orgânica, é interligado aos pretéritos gravados pela mente. Nós e todos que convivemos, acabamos beneficiados de alguma forma e intensidade. Quando assimilamos o aprendizado, esvaziamos o cálice venenoso que outrora enchemos. O enfermo é como bom solo a espera da semente. A doença representa o arado rasgando a terra para semearmos o grão divino, fazendo nascer um novo ser dentro do mesmo indivíduo, agora em maior grau evolutivo.
Façamos das palavras de Nosso Senhor Jesus Cristo a transformação para uma nova vida, pois os doentes precisam da cura e de companheiros para restabelecimento da crença divina.
– Foi Ele próprio que dissera, na sua mais alta emoção espiritual: “Bem-aventurados os que sofrem, porque deles é o reino dos céus”. Mateus 5:10
Por Mauro Falcão, em 12/11/2017 – Escrito para Tábuas da Verdade.