Ajudar a desmistificar a cultura e os tabus sobre o suicídio e provocar o pensamento dos profissionais de saúde sobre o cuidado ao paciente com risco de suicídio. Este foi o objetivo do ciclo de palestras sobre o comportamento suicida, realizado no período entre os dias 2 de maio e 13 de junho para as equipes assistenciais dos hospitais Tacchini e São Roque.
As palestras foram coordenadas pelo Grupo de Estudos do Departamento de Psiquiatria. “Acreditamos que a disseminação adequada de informações relevantes, corretas e realistas sobre o assunto, constitui uma iniciativa fundamental para a prevenção do suicídio. Aproveitamos o momento também para abordar os aspectos relacionados à conscientização e sensibilização de todos em torno do tema”, justifica o grupo.
Nas palestras, os psiquiatras Aldo Migliavacca, Ricardo Maioli e Rodrigo Tramontini, além da enfermeira gestora do processo psiquiátrico, Patricia Menezes, apresentaram alguns dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), relativos ao tema. “São dados e informações de domínio público, com números que mostram uma realidade assustadora, mas que ainda são muito pouco discutidos na sociedade. É fundamental que os profissionais da saúde estejam capacitados a reconhecerem os fatores de risco presentes e as medidas que podem ser tomadas para prevenção”, analisa a gestora.
Segundo a OMS, aproximadamente 800 mil pessoas morrem por suicídio a cada ano no mundo. O ato é a segundamaior causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos. Não bastasse isso, para cada suicídio, cinco a dez pessoas (familiares, amigos) são afetadas significativamente pelo suicídio tanto social quanto emocional e economicamente.