Caxias do Sul

Comissão legislativa pretende unificar discussões sobre desastres ambientais em Caxias do Sul

Uma reunião pública sobre o assunto foi realizada na Câmara de Vereadores, na Sala das Comissões Vereadora Geni Peteffi

Comissão legislativa pretende unificar discussões sobre desastres ambientais em Caxias do Sul
Foto: Luan Hagge/ Câmara Caxias

Unificar discussões sobre desastres ambientais é um dos principais objetivos da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Câmara Municipal de Caxias do Sul. À luz das enxurradas do último mês, que registraram 178 mortes confirmadas no Rio Grande do Sul, sendo sete delas em solo caxiense, uma reunião pública sobre o assunto foi realizada na tarde de quarta-feira (26), na Sala das Comissões Vereadora Geni Peteffi.

A engenheira ambiental Letícia Moratelli, que coordena uma comissão na Secretaria Municipal do Meio Ambiente, explicou que o grupo está trabalhando na elaboração do Plano de Ação Climática de Caxias do Sul, sob a forma de uma lei. Disse que as atividades já envolvem 47 servidores públicos, que representam diversas secretarias e órgãos da Administração.

Ex-vereador local e doutor em Direito Urbanístico Ambiental, Adir Rech destacou o convênio entre a Prefeitura e a Universidade de Caxias do Sul (UCS) em torno do futuro plano de ação. “As leis são fundamentais no planejamento, como formas de prevenção. Fazem parte do processo revisões periódicas no Plano Diretor e nas regras de parcelamento do solo”, afirmou.

Rech comentou que o novo marco legal sobre o clima seguirá o protocolo das chamadas Cidades Resilientes. Trata-se da promoção da capacidade de se adaptar, para prever desastres naturais, com os respectivos planos de ação.

Doutor em Engenharia das Águas, Juliano Gimenes considerou ser o momento de transformar a sensibilização em conscientização, educação e cultura. Pediu maior atenção às mudanças climáticas, seja com relação à chuva ou à seca. Lamentou o não cumprimento de protocolos, como o Kyoto, que buscava reduzir a presença de carbono. “Das quatro grandes cheias mais recentes do Estado, três delas foram nos últimos 12 meses. Em maio, em 15 dias, choveu o dobro do previsto na média mensal”, observou.

Fonte: Assessoria Câmara de Vereadores