O Recreio da Juventude (RJ) anunciou, na manhã desta terça-feira (22), a criação de uma escola própria. A nova instituição de ensino será em modelo bilíngue e terá três pilares: artes, empreendedorismo e esporte. Seu foco será no ensino infantil, fundamental e médio. A sede ficará no bairro Salgado Filho, em Caxias do Sul, com uma área de 2,1 hectares. O espaço antigamente abrigava a empresa Zeyana – o prédio foi adquirido recentemente após negociações que iniciaram ainda em 2019).
Atualmente, o RJ conta com cerca de 20 mil associados, sendo destes cinco mil em idade escolar. O montante financeiro ainda não foi informados de forma oficial, o que se tem aprovado pelo conselho do clube são R$35 milhões para investimentos nos próximos anos. “Quando se tem projetos bons e que revertem a sociedade, o universo conspira”, destacou o presidente executivo do clube, Diego Bilgia, no início de sua apresentação.
A expectativa é de que a Escola Recreio da Juventude seja inaugurada em 2024 e com foco principal em sócios. Dessa forma, são esperados 1 mil alunos matriculados até 2030. Deste número, 20% das vagas serão destinadas à bolsas (seja para não sócios ou empresas que desejem adquirir para os filhos de funcionários).
“Não queremos uma escola de bolha, de pessoas alienadas na sociedade. Queremos que as pessoas saiam muito bem preparadas e que possam contribuir. Não seria uma boa escola se não fosse inclusiva”, enfatizou o vice-presidente de patrimônio Matias Vasquez.
Conforme detalhado em coletiva de imprensa, o modelo pedagógico da nova instituição de ensino ainda não foi finalizado. Este deve ser apresentada em breve, juntamente com o início das inscrições para os futuros alunos.
Esporte: a expertise do Recreio da Juventude
Com a escola Escola Recreio da Juventude, o clube colocará em prática uma de suas expertises, e que moldaram a história de 120 anos: o esporte. O intuito é atrair jovens atletas não somente de Caxias do Sul e Região, mas também de todo o território brasileiro. Para isso, a diretoria visitou estruturas a nível estadual e nacional, tais como Grêmio Náutico União (Porto Alegre) e do Flamengo (Rio de Janeiro).
“Nós temos uma missão como clube formador. Seguindo exemplos dos estaduais e nacionais, pretendemos ocupar esse cenário no esporte nacional, evoluindo passo a passo. E, também, com a escola representando um acréscimo em nossa matéria-prima”, comentou o vice-presidente de esportes, Fabiano Toigo.
Outra expectativa é buscar um “resgate da educação física”, como afirma Biglia. Não somente na formação de atletas para chegarem em grandes competições como as Olimpíadas, mas também no desenvolvimento da motricidade de crianças e adolescentes.