Polícia

Com mandados no RS, PF e Receita desencadeiam Operação Conexão Venezuela

Operação Conexão Venezuela cumpre mandados no estado do RS nesta segunda-feira. Foto: Receita Federal/Divulgação.
Operação Conexão Venezuela cumpre mandados no estado do RS nesta segunda-feira. Foto: Receita Federal/Divulgação.

A Polícia Federal deflagrou nesta manhã de segunda-feira, dia 11, a Operação Conexão Venezuela. São cumpridos mandados de busca e apreensão em quatro cidades do Rio Grande do Sul e em duas cidades de São Paulo. A investigação descobriu remessas de dinheiro envolvendo empresas brasileiras e venezuelanas, entre elas uma estatal, a paraísos fiscais.

Operação Conexão Venezuela cumpre mandados no estado do RS nesta segunda-feira. Foto: Receita Federal/Divulgação.

No total, seis pessoas são alvos de condução coercitiva, onde são levadas para prestar depoimento na delegacia. No estado do Rio Grande do Sul estão sendo cumpridos quatro mandados em Porto Alegre, um em Canoas, quatro em Passo Fundo e dois em Erechim.

Na capital paulista está sendo cumprido um mandado. Em Americana no interior do estado também um mandado.

A operação, que recebeu o nome de Conexão Venezuela, apura crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa com atuação no Rio Grande do Sul. Participam da ação a Polícia Federal, Receita Federal e Ministério Público Federal.

As investigações tiveram início com base em procedimento fiscal da Receita Federal, que identificou pessoas jurídicas no Rio Grande do Sul e em São Paulo realizando transações financeiras atípicas, supostamente no exercício de atividade de intermediação de exportação de máquinas e implementos agrícolas do Brasil para a Venezuela.

Segundo as investigações, empresas sediadas na Venezuela (dentre elas, uma estatal), remeteram altos valores para o Brasil, com o pretexto de aquisição de equipamentos. Entretanto, uma maior parte do valor não era destinado aos fabricantes e fornecedores, circulando em contas bancárias do país e posteriormente enviadas ao exterior.

A investigação apontou que as transferências tiveram como destino pessoas jurídicas localizadas em paraísos fiscais. Parte dos recursos remetidos da estatal venezuelana para o Brasil seria oriundos de ações criminosas. Entre 2010 a 2014 mais de R$ 200 milhões teriam sido envolvidos no negócio.