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Com duas toneladas de dinamite, ponte da BR-116, entre Caxias do Sul e Nova Petrópolis, é demolida

Apenas uma espoleta foi necessária para levar a estrutura ao solo, segundo o DNIT. No trecho, terá lugar uma nova ponte, com estimativa de entrega para fevereiro de 2025

Com duas toneladas de dinamite, ponte da BR-116, entre Caxias do Sul e Nova Petrópolis, é demolida
Foto: Marcelo Oliveira/Grupo RSCOM

Três, dois, um… Fogo“. Eram exatas 9h02min desta quinta-feira (27) quando duas toneladas de dinamite levaram ao solo a ponte sobre o Rio Caí, na BR-116, entre Caxias do Sul e Nova Petrópolis. A operação foi necessária após a estrutura ceder parcialmente no dia 12 de maio passado, em decorrência das chuvas. No trecho, terá lugar uma nova ponte, com estimativa de entrega para fevereiro de 2025.

Segundo o superintendente regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Hiratan Pinheiro da Silva, a implosão foi um sucesso, sendo necessária apenas uma espoleta para demolir toda a travessia. Ficaram no local restos da estrutura, como a laje, que deve ser destruída manualmente.

Agora começa a demolição, no chão, do que sobrou. Em uma explosão, colocamos tudo ao chão. A etapa mais difícil, agora, é a reconstrução. Na semana que vem, chegam os equipamentos para começarem as fundações“, afirmou o representante da autarquia.

Os acessos à ponte, inaugurada em 1941, foram isolados em cerca de 800 metros para a operação, que contou com monitoramento da área por equipes do Exército. A prefeitura de Nova Petrópolis informou que não houve a necessidade de desocupação de casas para a demolição.

Jussara de Fátima, que mora próximo ao rio no lado de Caxias, definiu o momento como uma perda. Ela utilizava a travessia diariamente para ir à Nova Petrópolis. “Sentimos muito pelo motivo de termos nascido, nos criado em cima da ponte praticamente, vendo o rio passar. A destruição que aconteceu agora é muito emocionante pra nós. É um sentimento de perda. Tanto da natureza, quanto da ponte, agora“, relatou.

As obras são realizadas pela construtora Cidade e tiveram início no dia 4 deste mês, com a assinatura da ordem de serviço pelo ministro dos Tranportes, Renan Filho. A nova estrutura é projetada para ser mais resiliente, ao menos 1,2m mais alta que a anterior. O custo total é de R$ 31 milhões.

Ponte provisória sem data de entrega

Enquanto a passagem definitiva é erguida, o tráfego no km 174 deve ser restabelecido por uma ponte metálica provisória, que será instalada pelo Exército. Entretanto, uma empresa contratada pelo DNIT precisa finalizar, antes, a preparação das cabeceiras, serviço que foi atrasado devido ao retorno das chuvas. A previsão de entrega está indefinida.

Denominada Logistical Support Bridge (LSB), a ponte resiste até 80 toneladas e possui 60 metros de comprimento. O Exército estima levar de 20 a 30 dias para instalação do equipamento a partir do seu início.

Veja o momento da implosão

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