A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Caxias do Sul confirmou por meio de nota, na tarde desta sexta-feira (27), que está com a falta de alguns medicamentos nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Farmácia Especializada.
Os itens em falta são a hidrocloratiazida, que é para pressão, e a gliclazida, para diabetes. De acordo com a Secretaria, a falta de ambos se deve ao atraso dos fornecedores. Ainda de acordo com a pasta, a hidrocloratiazida é gratuita na Farmácia Popular, e desta forma, orienta os usuários a procurar esses estabelecimentos com a receita para conseguir o medicamento. Contudo, no caso da gliclazida, ainda não há reposição.
A secretária municipal da Saúde Daniele Meneguzzi conta que a pasta enfrenta há bastante tempo, principalmente após a pandemia de covid-19, a dificuldade na aquisição de alguns medicamentos. Conta que por diversas vezes não foram encontrados interessados em participar das licitações. Além disso, de acordo com ela, em muitos casos os fornecedores acabam atrasando a entrega por falta de mão de obra ou outros problemas internos das empresas que vencem as licitações.
A titular da pasta afirma que as faltas atuais são temporárias e tão logo ocorra a normalização dos estoques, os pacientes poderão retirar os medicamentos. Esclarece que a situação não se deve à falta de recursos ou de procedimentos da administração municipal, mas exclusivamente aos atrasos de entrega. Ela garante que a Prefeitura está trabalhando fortemente para que a situação não volte a ocorrer.
“São realmente problemas pontuais de fornecimento, de atraso, de licitações que hoje não são mais tão atrativas para os fornecedores e que são imprevisíveis. Nós trabalhamos com estoque linear, inclusive com sobra de estoque para medicamentos, porém quando acontecem esses atrasos e essas faltas, existem essas dificuldades. Nós contamos então com a compreensão de todos, sabemos que é uma situação não muito agradável, mas saibam que nós aqui da Secretaria de Saúde e também da Prefeitura estamos trabalhando fortemente para que essas faltas não ocorram mais e que não voltem a prejudicar o tratamento dos pacientes”, afirma.
Por fim, a nota da SMS informa que o fabricante já prorrogou a entrega por duas vezes e, desta forma, não há previsão de normalização.