Caxias do Sul

Colégio Emílio Meyer, Sociedade dos Surdos de Caxias do Sul e Centro de Atenção Psicossocial sofrem com problemas estruturais

Queda de um muro no local esta afetando as três instituições; Colégio Estadual sofre também com problemas na rede elétrica

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Foto: Daniel Corrêa / Divulgação

Três importantes instituições de Caxias do Sul estão passando por alguns problemas que afetam o funcionamento dos locais. O Colégio Estadual Henrique Emílio Meyer, a Sociedade dos Surdos de Caxias do Sul e Centro de Atenção Psicossocial (Caps) ficam no bairro Exposição em Caxias do Sul e são divididos apenas por um muro. Acontece que o mesmo desabou há seis meses na divisa das três instituições. Outro problema considerado relevante é o que afeta a rede elétrica da escola de mais de 1.200 alunos, impossibilitando que vários aparelhos sejam ligados ao mesmo tempo e provocando transtornos.

Em relação à rede elétrica, há cerca de um ano o governo do Estado anunciou que seis escolas de Caxias do Sul receberiam recursos para reformas em infraestrutura. A classificação foi considerada como “urgente”, quando seriam disponibilizados R$ 30 milhões por meio do programa Agiliza, que prevê a destinação direta de recursos para a direção das escolas encaminhar melhorias. Em 13 de novembro de 2023, a diretora do Emílio, Fabiane Zanettini, encaminhou ofício à 4ª Coordenadoria Regional de Educação a solicitação de urgência para ajustar as instalações elétricas de baixa tensão e implantação do novo padrão de energia em média tensão. No ofício 49/2023, ainda havia a informação de que a escola aguardava a finalização da obra, que foi iniciada em 2019, ou seja, quase cinco anos atrás.

Tal situação, chamou a atenção do vereador caxiense Rafael Bueno (PDT), que esteve presente no local juntamente com o presidente Sociedade dos Surdos de Caxias do Sul, Gustavo Perazzolo, e com funcionários do Colégio Emílio Meyer. Na visão deles, o desabamento do muro por exemplo, além de causar riscos aos estudantes e funcionários da escola, tem forçado o barranco contra as paredes da Sociedade e levado muita sujeira, ampliando os problemas, devido a chuvas, infiltrações e mais riscos de desmoronamentos. A queda ocorreu no dia 18 de setembro de 2023, sendo que muito antes, no dia 4 de novembro de 2021, já havia notificação na Secretaria Municipal de Urbanismo (SMU) sobre o risco de desabamento, informação que foi repassada pela escola à 4ª CRE pela diretora Fabiane.

A situação fez com que o vereador destacasse os problemas enfrentados nas instituições durante a sessão ordinária desta quarta feira (20). Na ocasião, o vereador mostrou dois ofícios da direção da escola apelando à 4ª CRE para ambas as situações: tanto para os riscos com a fiação elétrica e sobre os problemas com o muro.

“Estive na escola na semana passada e naquele momento havia acabado de queimar um ventilador. Os alunos têm períodos para ligar os ventiladores. Se ligarem ao mesmo tempo, cai a rede e queimam os aparelhos”, descreveu.

Quanto ao muro caído, Rafael Bueno (PDT) destacou que a estrutura está caindo sobre a Sociedade dos Surdos e deixando o local sem condições de fazer as atividades, além de ser alvo de saques.

“Faço um apelo ao governo municipal, já que o Estado é ineficiente, para que ajude a resolver a situação, porque envolve dois prédios públicos, o Caps e a Sociedade dos Surdos, nem que seja de forma paliativa, porque a escola vai virar alvo de vandalismo e prejudicar os alunos e o ensino”.

Foto: Daniel Corrêa / Divulgação