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Clínica de Novo Hamburgo é interditada por fraude na aplicação de vacinas

Clínica de Novo Hamburgo é interditada por fraude na aplicação de vacinas

A Polícia Civil e a Vigilância Sanitária interditaram uma clínica particular em Novo Hamburgo, no Vale dos Sinos, por suspeita de fraude na aplicação das vacinas. A ação ocorreu nesta quarta-feira, dia 14, e a proprietária do estabelecimento foi presa em flagrante.

Conforme as investigações, a clínica aplicava vacinas, que seriam contra febre amarela, com a seringa vazia. Há a suspeita de que a fraude teria ocorrido também em vacinas contra a meningite.

Além disso, a clínica teria doses de vacinas contra a gripe vencidas e conteúdos em condições de conservação inadequada. A polícia também suspeita de que as agulhas seriam reaproveitadas em diversos pacientes, quando o procedimento correto é descartá-las.

Nesta quinta-feira, os computadores das clínicas estão sendo analisados. Uma lista com supostos pacientes foi localizada e as pessoas serão contadas pela Secretaria da Saúde de Novo Hamburgo. Se for constatada a fraude, o paciente vai receber a vacina do poder público.

Para Miriam Tecchio, presidente da Clínica Vacinare, de Bento Gonçalves, é importante que as pessoas fiquem atentas a alguns aspectos na hora de procurar a vacina. Segundo ela, os processos de armazenagem e descarte dos produtos devem respeitar uma série de regras. “A clínica precisa ter alvará emitido pela prefeitura, um registro junto ao conselho regional de medicina com a indicação do responsável técnico, licença da vigilância sanitária do município e registros junto à Secretaria municipal ou estadual de saúde. As pessoas também devem prestar atenção nos processos de armazenagens e descarte desses produtos durante a aplicação”, alerta Miriam.

Se o usuário perceber algo de anormal, deve comunicar a vigilância sanitária do município. “A vigilância faz vistorias regulares para ver se as clínicas estão fazendo o que foi prometido. Até se a pessoa tem alguma reclamação sobre o atendimento deve procurar a vigilância, para que eles tomem as medidas necessárias”, finaliza.