Brasil

Clécio Luís supera Jaime Nunes e vence disputa pelo governo do Amapá

Para assumir o governo pela primeira vez, o ex-prefeito de Macapá conseguiu montar uma incomum aliança formada pelo PT, de Lula, o PL, de Jair Bolsonaro, e o PDT, de Ciro Gomes

(Foto: Reprodução/Twitter/@Clecio_Luis)
(Foto: Reprodução/Twitter/@Clecio_Luis)

A população do Amapá foi às urnas neste domingo, 2, e escolheu Clécio Luís (Solidariedade) para ser o próximo governador do Estado. Com 95,92% das urnas apuradas, o ex-prefeito de Macapá (2013-2020) estava matematicamente eleito, com 53,26% dos votos válidos, desbancando ainda no primeiro turno o atual vice-governador, Jaime Nunes (PSD), que obteve 42,92%. Gesiel de Oliveira (PRTB) completou o pódio, com 8.530 votos conquistados por volta das 20h30. Para assumir o governo pela primeira vez, Clécio conseguiu contar com uma incomum aliança informal, formada pelo PT, de Luiz Inácio Lula da Silva, o PL, de Jair Bolsonaro, e o PDT, de Ciro Gomes. Além disso, ele também era o favorito de Waldez Góes (PDT), atual governador do Estado e que vai deixar o cargo após dois mandatos.

Nascido em Belém, no Pará, Clécio foi filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT) por 16 anos (1989-2005), antes de passar por PSOL e Rede. No início deste ano, ele fechou com o Solidariedade e ganhou apoio do PT, além de outros partidos de esquerda. No momento do registro da candidatura, no entanto, ele não conseguiu incluir as siglas em sua coligação por divergência na disputa pela vaga do Senado. Ainda contando com o apoio informal da esquerda, Clécio conseguiu formalizar a coligação com o PL e também atraiu PSDB, Cidadania, Republicanos, PP, PDT e União Brasil. Durante a campanha eleitoral, o paraense prometeu criar um programa de emergência para combater a fome no Amapá e aumentar a quantidade de hospitais. O Estado, vale lembrar, foi fortemente afetado pela falta de energia em 2020, ficando às escuras e vivendo em situação de calamidade por mais de uma semana.

Fonte: Jovem Pan