O Rio Grande do Sul está em alerta nesta terça-feira (17) devido a um ciclone extratropical e os agricultores podem sofrer com seus efeitos. A tempestade deve provocar fortes rajadas de vento entre 60 e 80 km/h, que poderão alcançar e superar 100 km/h em algumas localidades, principalmente nos setores Leste, Nordeste e Sul.
Algumas produções já foram encerradas, contudo existem as tardias. Na região do Pampa Gaúcho, Bagé e Dom Pedrito ainda há soja pronta para colheita.
Conforme o Boletim Integrado Agrometeorológico 18/2022, elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), a Emater/RS-Ascar e o Irga esta semana traz além dos ventos fortes, umidade e frio intenso.
Além disso o início do período com chuvas e alta umidade impediu o avanço da colheita de soja na maior parte do Estado. Segundo uma pesquisa feita em 361 municípios das 12 regiões administrativas da Emater/RS-Ascar, o índice de colheita alcançou 83% dos cultivos. Esse índice é menor na Metade Sul do Estado, com cerca de 65% das lavouras colhidas, e maior no Extremo Norte, com 96% colhidos, no Alto Uruguai.
A colheita do milho mais uma vez ficou praticamente paralisada em razão da priorização dada pelos produtores à colheita da soja e em razão das chuvas volumosas e frequentes que ocorreram no início de maio. Mesmo após a manutenção de tempo firme, a umidade do grão e a umidade do solo continuaram elevadas, impedindo o andamento dos trabalhos. Assim, o índice evolui apenas 1%, chegando a 86% dos cultivos.
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No caso das videiras, Laura Teixeira, gestora na Associação Vinhos da Campanha Gaúcha fala sobre a importância do frio para o setor da viticultura “O frio é ótimo para as videiras, principalmente agora que estão entrando em dormência. O vento não atrapalha, só prejudica se for muito forte e fazer o tombamento da videira”, diz.
A colheita de feijão 1ª safra foi encerrada na maior parte do Estado. Durante o período, a colheita aproximou-se da finalização na regional de Caxias do Sul, única região que ainda está com cultivos remanescentes de primeira safra.
Houve pouco avanço na colheita da cultura do arroz durante o período em decorrência das chuvas volumosas desde final de abril até inicio de maio, que inundaram as várzeas, mas sem causar danos às lavouras. O índice de colheita avançou apenas 4% e alcançou 97% da área cultivada no Estado.
A Defesa Civil do Rio Grande do Sul está mantendo vigência de alerta de 24 horas. Em caso de emergência ligue 190/193.
