Caxias do Sul

Ciclista faz questionamentos quanto ao sistema cicloviário em Caxias do Sul

O sistema será implementado no plano de mobilidade urbana, o qual esta em processo licitatório

Circuito de ciclismo acontece domingo em Bento Gonçalves
(Foto: Ciclismo/Reprodução)

O processo de licitação das empresas que desenvolverão o estudo do plano de mobilidade urbana segue em andamento em Caxias do Sul. No dia 22 de março, a Secretaria Municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade recebeu os envelopes das empresas participantes. Dúvidas e questionamentos que surgem é quanto ao sistema cicloviário, o qual será abrangido nas futuras obras.

As partes interessadas no assunto que envolvem as futuras ciclovias da cidade questionam quanto ao projeto de lei do sistema cicloviário, que, conforme Luciano Pacheco, ciclista ativo e profissional atuante no ramo turístico, não foi apresentado em sessão na Câmara de Vereadores de Caxias do Sul. Ele se mostra preocupado e ressalta ainda que a ideia da apresentação do mesmo seria para a população conhecer o projeto e a definição de ruas, além dos locais que serão contemplados pelas obras. “Temos desde 2012 o projeto que deveria estar sendo apresentado na Câmara de Vereadores. Até o momento, esse projeto ainda não foi protocolado, e a ideia desse projeto não é dizer como se fazer uma ciclovia, pois a estrutura cicloviária ela se faz de três formas: ciclofaixas, ciclovias e ciclorrotas. A intenção não é definir qual a melhor, mas sim, onde elas devem ser feitas.”

Em 2012 foi realizada uma mobilização entre ciclistas onde ocorriam passeios para interação dos participantes e levantamento de ideias para melhorias em prol da atividade da cidade. Na época, visto a importância da existência de ciclovias para a segurança dos ciclistas, foram traçadas ideias de relevância para o desenvolvimento da bicicleta como meio de locomoção. O surgimento do projeto de lei de iniciativa popular do sistema cicloviário em Caxias do Sul partiu desses encontros, no qual também participava a vereadora Tatiane Frizzo (PSDB) como ciclista.

“Antes disso, ninguém falava sobre ciclovia, sobre ciclismo, sobre cicloativismo, e, a partir do projeto, nós tivemos reuniões publicas, reuniões com o prefeito e secretários de trânsito. Porém, não apresentamos para um único secretário ou para um prefeito, foram para dois, três. E ninguém nunca comprou a ideia das ciclovias na cidade. Quando pensamos em ciclovias para mobilidade, a gente tem que pensar em mobilidade urbana. Então nos demos por conta de que precisávamos mudar a forma como abordávamos o assunto com o Poder Público”, destaca a vereadora. “Para este projeto ser apresentado, na época, por ser de iniciativa popular, precisávamos de 5% de assinaturas de eleitores. Isso dava em torno de 15 mil assinaturas, e não conseguimos. Alcançamos, aproximadamente, 7 mil assinaturas. Mas, independente disso, eu acho que o principal ponto do projeto foi levantar a pauta”.

A parlamentar ainda declara que, com o processo de licitação em andamento, ainda serão abordados os assuntos que abrangem as ciclovias na cidade através de audiências públicas, onde a comunidade caxiense poderá contribuir no que diz respeito à estrutura cicloviária. “Conversando com o secretário, o mesmo respondeu que vão ser feitas diversas audiências públicas onde as pessoas poderão trazer as suas ideias e disso, será gerado um relatório em anexo para a empresa que ganhar esta licitação.”

Um outro questionamento aponta a contemplação de ruas e localidades, se elas seriam em favor da população que mora mais afastada da região central de Caxias de Sul, tendo em vista os valores de combustível e passagem de ônibus, onde muitos optam pelo uso da bicicleta. A vereadora Tatiane responde a dúvida com um convite à população “O que é importante dizer para essas pessoas que possuem essas dúvidas: serão feitas audiências públicas, e elas devem trazer essas questões para a audiência pública. Inclusive eu faço parte da CDUTH, que é a comissão que trabalha nessa questão do transporte público, de desenvolvimento. Eu acho que as pessoas precisam participar ativamente dessas reuniões”, aponta.