Opinião

Chupa-cabras

Chupa-cabras

Uma destas novelas que marcaram a dramaturgia brasileira acabou por trazer ao conhecimento de todo o país um personagem do folclore nacional, o famoso chupa cabras. Lá quando surgiu, ninguém sabia o que era, mas devia ser pior que o homem do saco que tanto assustou criancinhas ou o bicho de sete cabeças com o qual nos defrontamos seguidamente em nosso trabalho ou vida pessoal.

Pois o chupa cabras, exatamente por este componente sugador que lhe define, deve mesmo servir para colocar num mesmo cesto, toda a espécie de corrupto nacional. Mas pelas suas olheiras, pelo sobrenome e sobretudo, por toda a espécie de maracutaia em que se meteu, o e ex-governador do RJ Sérgio Cabral é a personificação do chupa-cabra. Ele drenou recursos da saúde, da merenda escolar, de tudo quanto foi obra do estado que precisava gerir com zelo. O resultado está aí para quem quiser ver: um Rio carente de segurança e saúde; com obras que não andam e com atraso de cinco ou seis meses nos salários de servidores.

A condenação de Cabral há pouco mais de 14 anos é apenas a primeira de uma série que virá. Mas, infelizmente ela não servirá como vara de condão para livrar o país, seus estados e municípios de outros chupa cabras. Vejam que hoje mesmo se descobriu que em algum lugar deste imenso Brasil pessoas punha pacientes oncológicos a dormir para roubar-lhes os pertences. Que espécie de pessoa faz isto?

É o tipo de pessoa que não tem qualquer formação moral e que elege personagens como Cabral e Cunha, outros dirão que elegem Lula dos estádios hiper faturados ou Aécio que do avô só trouxe o sobrenome.

Como se vê, não é uma questão de coloração partidária. Nem uma questão de status social. O roubo e a forma de praticá-lo se dá conforme a oportunidade apareça. Desvia-se recursos destinados à saúde, que beneficiaria milhares de pessoas, u simplesmente se tunga o bolso do pobre doente posto a dormir num ambiente hospitalar. É tudo questão de uma identidade nacional que precisa ser transmutada. Não podemos mais aceitar que prevaleçam os maus exemplos. É preciso corrigir esta deturpação moral que aflige boa parte dos brasileiros e que repercute na vida de toda a sociedade. Uns se dando bem às custas de toda a coletividade.

Parece só haver um jeito mesmo de pararmos de sentir vergonha: punindo quem de direito.