O Instituto de Pesquisas Econômicas e Sociais (IPES) da Universidade de Caxias do Sul (UCS) divulgou o Índice de Preços ao Consumidor de Caxias do Sul (IPC-UCS) e o valor da Cesta Básica, calculados com base no mês de agosto.
O Índice de Preços ao Consumidor de Caxias do Sul indica uma alta nos preços de 0,79% no mês de agosto de 2022, contra uma queda de 0,37% do mês anterior. Com esse resultado, a variação percentual acumulada do IPC-IPES nos últimos doze meses alcançou 11,90%, correspondendo a um aumento médio mensal no período de 0,94%. Esse resultado é inferior ao mês anterior, que registrou um índice acumulado de 11,97%.
De acordo com o Instituto, do total de 320 subitens que compõem a estrutura do Índice de Preços ao Consumidor, 155 aumentaram de preços em agosto, 73 tiveram seus preços reduzidos e 92 permaneceram com seus preços inalterados.
Conforme o pesquisador e professor Mosar Leandro Ness, ressalta que ocorreu deflação em vários itens a nível nacional. “Todavia, Caxias ainda apresenta uma pressão, principalmente sobre os itens alimentares, que vem puxando o aumento de preço. É lógico que, nós tivemos uma desaceleração bastante intensa observada no item transportes, principalmente no preço dos combustíveis e também no preço do gás de cozinha, que vem marcando baixa. A gente ainda não sentiu o mesmo efeito sobre as comunicações, se espera que isso também aconteça nos próximos meses, as companhias telefônicas já estão trabalhando para implementar a redução de ICMS, que é algo que tem movimentado o item de transporte para baixo. O que mais subiu e o que mais contribuiu para o aumento neste mês foi o item alimentação.”
No mês de referência, dos sete grupos de produtos que compõem o IPC-IPES, um apresentou contribuição positiva para o aumento do índice: alimentação. Os subgrupos de habitação, vestuário, saúde e higiene pessoal, transportes, e educação, leitura e recreação apresentaram variação negativa. Não apresentou variação: despesas diversas.
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Já sobre o custo da Cesta Básica observado na cidade de Caxias do Sul, no mês de agosto, passou para R$ 1.272,46, uma alta de 0,88% em relação ao mês anterior, quando custava R$ 1.261,39. O aumento de R$ 11,07 é inferior à variação verificada no mês de julho, de R$ 17,41.
No mês de agosto, observou-se que, dos 47 produtos que compõem a cesta, 26 aumentaram de preço, 20 tiveram seus preços médios reduzidos, e 1 permaneceu com seu preço inalterado.
Para o professor Mosar, o aumento na cesta básica se comparado ao de outros municípios, é considerado positivo. “Principalmente porque nós tivemos um desalinhamento nos preços nos últimos meses, e agora, nesses últimos quatro meses. A gente vem sentindo que esses preços que estavam desalinhados, por exemplo, a carne suína que marcou o maior aumento no mês, ela havia marcado a maior baixa no mês anterior. Então esse é um efeito que podemos dizer numérico. Essa elevação nós esperávamos que ela não estivesse mais acontecendo e que a gente já começasse a sentir uma desaceleração, principalmente nos preços alimentares.”
Por ordem de contribuição positiva, destacaram-se a costela de suíno, a coxa de frango, a maçã nacional, o óleo de soja e o queijo lanche fatiado. Os produtos destaques na redução de preços são o tomate, a alface, a batata inglesa, o pão caseiro e o feijão preto.
