O Instituto de Pesquisas Econômicas e Sociais (IPES) da Universidade de Caxias do Sul (UCS) divulgou a variação da Cesta Básica e do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) correspondente ao mês de setembro em Caxias do Sul.
No nono mês do ano, a Cesta Básica teve alta de de 0,27%. Passou de R$1.394,02 em agosto para R$1.397,81 no mês de setembro. Uma elevação de R$ 3,78. O pequeno aumento se deve à variação dos produtos de alimentação. O professor da UCS e pesquisador do Instituto de Pesquisas Econômicas e Sociais, Mosar Leandro Ness informa que os itens de alimentação contribuíram com 0,20% para o aumento da cesta básica, enquanto que os itens não alimentares, que são higiene e limpeza, contribuíram com 0,7%. Ele relata a expectativa que a Cesta entre em declínio até o final do ano no município.
“A demanda, o consumo das famílias já não é tão intenso quanto no período pandêmico ou pós-pandêmico, então isso fez com que essa retração acabe contribuindo para uma acomodação dos preços ao longo do mês. A gente espera que até o final do ano a cesta básica no município entre em declínio, uma rota de estabilização e que os preços dos alimentos não aumentem tanto”, observa ele.
De acordo com a pesquisa, dos 47 produtos que compõem a Cesta, 24 aumentaram de preços, 21 tiveram redução e dois permaneceram inalterados. Os cinco produtos que mais contribuíram para a elevação do custo da Cesta Básica no período são: alface, creme dental, maçã nacional, biscoitos doce e salgado e apresuntados. Destacaram-se pela redução de preços: cebola, capeletti, queijo lanche fatiado, pão de forma e pão francês.
Já o Índice de Preços ao Consumidor de Caxias do Sul apresentou uma elevação nos preços de 0,04% em setembro, contra uma alta de 0,54% em agosto. Com esse resultado, a variação percentual acumulada do IPC-IPES nos últimos doze meses alcançou 5,05%, correspondendo a um aumento médio mensal no período de 0,43%. Do total de 320 subitens que compõem a estrutura do IPC, 105 aumentaram de preços, 129 tiveram seus preços reduzidos e 86 permaneceram com seus preços inalterados.
“A gente tem observado que tanto a cesta básica quanto o IPC, eles vêm apresentando um processo de acomodação depois de um período de forte alta. Nós não tivemos nenhuma crise ao longo desse ano, uma crise de oferta mais pronunciada, isso fez com que a gente consiga manter uma certa quantidade de bens e serviços à disposição da população suficiente para que ela possa adquirir”, pontua o professor.
Por fim, o economista alerta que o único fator a pesar negativamente no horizonte é o descontrole dos gastos do governo, que pode vir, em um futuro próximo, a colaborar para a desestabilização desse processo inflacionário.