Comportamento

Cerca de 10% das empresas de Caxias do Sul já cometeram fraudes em Black Friday

Foto: Procon Caxias / Divulgação
Foto: Procon Caxias / Divulgação

Dia 26 de novembro, sexta-feira, será a Black Friday nas empresas caxienses, sendo uma das datas mais aguardadas pelo comércio e consumidores no ano. Por conta dessa crescente movimentação de compras o Procon de Caxias do Sul alerta para as mais diversas situações.

O coordenador Jair Zauza destacou que em edições anteriores, em média 10% das empresas foram flagradas cometendo irregularidades. A constatação pode ser feita através de pesquisas, o que é uma das orientações do Procon.

“Eu diria que assim uma das principais dicas aos consumidores é fazer uma pesquisa, aproveitar fazer essa pesquisa antes, digamos faz agora pra depois, comparar. Por quê? tem muitos estabelecimentos comerciais que tão aumentando o preço pra depois fazer a promoção. Então é a hora do consumidor verificar, anotar, tirar um print da tela, pra depois fazer essa averiguação.”

Ele pede apoio da população que ao constatar que uma empresa elevou os preços anteriormente, para diminuir, de forma fraudulenta, os preços durante a Black Friday, faça a denúncia.

“Na maioria dos casos de oferta fake, é importante que tenha o preço anterior e o preço posterior, ai a gente vai conseguir verificar se houve a fraude. Em outros casos a denúncia pode ser feita e a gente vai fazer a fiscalização e vai constatar o problema, neste caso da Black Friday é necessário essa prova”.

Jair Zauza comentou ainda sobre as compras pela internet. A população deve optar a ter cartões de bancos que são destinados para compras online. Em caso de compra por boleto, verificar se o destinatário é a empresa que efetuou a compra. O consumidor, ainda deve se atentar ao direito de arrependimento, ou seja, a empresa deve dar a garantia de em sete dias pode ocorrer a devolução do produto, por qualquer motivo.

“É claro que é mais importante é buscar lojas confiáveis, mais conhecidas. Deve-se visitar os sites de reclamação, as próprias redes sociais, buscar avaliação e comentários de outros consumidores. E evitar comprar pelos banners que aparecem em redes sociais, pois há muito golpe nesses banners.”

As denúncias podem ser feitas através do site caxias.rs.gov.br/procon, pela central 151, ou ainda pelo Whatsapp (54) 9.9929-8190 (somente mensagens). Em caso de constatação o empresário sofre aplicações de leis, cada caso é um caso, segundo Zauza, mas em maioria é aplicada uma multa ao estabelecimento comercial. O valor vai depender se este cometeu o crime pela primeira vez ou é reincidente.

Dicas:

1) O consumidor deve respeitar o planejamento financeiro e não comprar por impulso, evitando situações de endividamento ou superendividamento, a curto ou longo prazo, pois logo em seguida haverá pagamentos como IPTU, IPVA e matrícula escolar, além das despesas com o período de férias.

2) Faça pesquisa de preço, no período anterior ao ato da compra, assim o consumidor evita ser vítima de uma oferta “fake”, com o mesmo valor de antes da promoção ou até maior. Se o consumidor verificar a ocorrência deste fato, deverá denunciar ao Procon.

3) Exija nota fiscal. Ao adquirir qualquer produto ou serviço, a nota fiscal é essencial, seja para evitar sonegações fiscais ou garantir os direitos do consumidor, em relação à garantia, devolução, intervalo de troca, entre outros.

4) Verificar se as lojas são confiáveis. Optar por lojas mais conhecidas, pesquisar a reputação em sites de reclamação e nas redes sociais, e buscar avaliações e comentários de outros consumidores. Evitar comprar em banners que aparecem nas mídias sociais.

5) A hora do pagamento também requer alguns cuidados. Existem bancos que fornecem um cartão virtual que é gerado a cada compra do cliente, dificultando roubo de dados e clonagem de cartão. Se o pagamento acontecer por meio de boleto, recomenda-se olhar o beneficiário do pagamento e verificar se coincide com a razão social da empresa contratada.

6) Canais de contato: Os canais de venda virtuais são obrigados a fornecer dados como razão social, endereço, telefone e CNPJ, de preferência, em sua página principal, para que o consumidor tire dúvidas, encaminhe problemas, entre outros.