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Ceran divulga material para esclarecer funcionamento das comportas de suas barragens, no Rio das Antas

São as Usinas Hidrelétricas de Castro Alves, Monte Claro e 14 de Julho

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Usina 14 de Julho (Foto: Ceran/Divulgação)


Nesta quarta-feira (13), a Companhia Energética do Rio das Antas (Ceran), divulgou um material explicativo de esclarecimento sobre as comportas das três barragens de que é responsável. Elas estão localizadas em cascata no Rio das Antas. São elas as Usinas Hidrelétricas de Castro Alves, Monte Claro e 14 de julho.

No último dia 4 de setembro, Bento Gonçalves e municípios do Vale do Taquari enviaram a Ceran um pedido de informação já que existia um alerta meteorológica avisando que muita chuva atingiria a região.

“Tendo em vista as previsões de alerta meteorológico divulgadas ainda nos dias 02 e 03 de setembro pelo site Metsul Meteorologia de que grandes ondas de chuvas fortes e temporais atingiriam a região da serra gaúcha”, diz a prefeitura de Bento. Clicando aqui você confere o ofício na íntegra.

O projeto das três usinas é muito similar entre si e possuem reservatórios sem capacidade de acumular água, caracterizados como “a fio d’água”. Isso acontece porque as usinas operam apenas com fluxo natural do rio. Apesar de pequeno, o reservatório “a fio d’água” é necessário para possibilitar a captação da água do rio que irá mover as turbinas e gerar a energia elétrica.

De acordo com o material disponibilizado, não é possível amortecer uma cheia, pois pela pequena dimensão e característica “a fio d’água”, todo fluxo que chega na barragem em situações de alta vazão precisa passar pela mesma. As barragens instaladas pouco alteram o leito dos rios.

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Usina Castro Alves (Foto: Ceran/Divulgação)

Como a água passa pela barragem?

Toda água que não vai para as turbinas, passa sobre crista a barragem. Em situações de alta afluência a vazão de água que passa pela barragem é a mesma que passaria se ela não existisse. A barragem de Castro Alves possui vertedouro do tipo “soleira livre”, sem comportas, e a água passa pela crista da barragem.

Em todas as barragens da Ceran existe um pequeno extravasor para que se mantenha o fluxo do rio no trecho da alça. É isso que preserva a fauna, flora e uso do rio neste trecho.

As comportas aumentam o fluxo de água?

Conforme a Ceran, as usinas de Monte Claro e 14 de Julho, por serem projetadas para uma maior vazão que Castro Alves, possuem duas comportas de vertedouro. Elas são abertas somente quando a água já está passando sobre a crista da barragem, para não sobrecarregar as estruturas, não alterando a vazão do rio.

Além de não alterar em nada o fluxo de água pois o mesmo passaria sobre a crista da barragem, a não abertura dessas comportas colocaria em risco as estruturas, e consequentemente a segurança da população.

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Usina Monte Claro (Foto: Ceran/Divulgação)

Localização das barragens

Usina Castro Alves: 130 MW

  • Margem à direita – Nova Roma do Sul e Antônio Prado
  • Margem à esquerda – Nova Pádua e Flores da Cunha

Usina Monte Claro: 130 MW

  • Margem à direita – Nova Roma do Sul e Veranópolis
  • Margem à esquerda – Bento Gonçalves e Pinto Bandeira

Usina 14 de Julho: 100 MW

  • Margem à direita – Cotiporã e Veranópolis
  • Margem à esquerda – Bento Gonçalves