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Caxias do Sul tem valor médio de R$ 4.478,00 por m² na venda de imóveis

Tendência de aquecimento no mercado deverá elevar investimentos

Caxias do Sul tem valor médio de R$ 4.478,00 por m² na venda de imóveis

Com alta de 0,91% no mês de janeiro em comparação ao final de 2021, Caxias do Sul chegou a média de R$ 4.478,00 por metro quadrado na negociação de imóveis. O levantamento é realizado pelo Índice FipeZAP+, que acompanha o comportamento dos preços de vendas imobiliárias residenciais em 50 cidades brasileiras. Em nível nacional, o dado apresentou elevação de 0,53% em janeiro em 2022, após avançar 0,48% em dezembro do ano passado.

De acordo com o monitoramento, Caxias do Sul é a cidade com o quarto m² mais caro do Rio Grande do Sul, figurando na lista após Porto Alegre (R$ 6.392,00/m²), Canoas (R$ 4.926,00/m²) e Santa Maria (R$ 4.654,00/m²). A pérola das colônias é a única cidade da Serra Gaúcha em que o FipeZAP+ realiza o acompanhamento.

De acordo com Luís Roberto Nunes, CEO do Grupo Objetiva, entre as causas da alta do valor por metro quadrado dos imóveis se deve a reflexos da pandemia, como a alta de materiais de construção.

“O valor do metro quadrado subiu muito, e isso traz impacto para a comercialização, mas que se acomoda na lei da oferta e da procura. As causas: IGPM, que rege os principais contratos de compra e venda com as construtoras e estes novos empreendimentos vem com reajuste mais alto por conta do aumento do material de construção. O ferro subiu 300%, o cimento, cerca de 200%. Isso também trouxe o aumento do valor do m², que também respinga nos usados. A taxa de juros também subiu. É uma acomodação no primeiro instante, mas é sim uma oportunidade de investimento e um mercado que tem demanda”, salienta o empresário.

Ainda segundo Nunes, a expectativa para 2022 é de saldo positivo no setor, mesmo com as dificuldades, o segmento imobiliário é uma das principais vias de investimento.

“É muito difícil falar do mercado imobiliário por questões ainda recorrentes da pandemia. Mas, vejo que deva manter como o segundo semestre de 2021, que foi uma procura maior, um movimento maior por parte dos compradores em busca de imóveis e das próprias construtoras que voltaram a desenvolver novos projetos, que é quem, de fato, movimenta o volume maior do mercado imobiliário. As locações voltaram muito forte. Estão sempre a frente, mas também percebemos que os imóveis comerciais começaram a se movimentar. Vejo como positivo o mercado para o primeiro semestre de 2022”, finaliza.

Porto Alegre
Por ser capital, o levantamento de dados de Porto Alegre apresenta, até, o impacto dos valores por m² dos bairros. A lista mais atual (final de 2021), é a seguinte:

Mont Serrat R$ 8.915 (+7,5% em 12 meses)
Bela Vista R$ 8.904 (+7,6% em 12 meses)
Praia de Belas R$ 8.701 (-0,7% em 12 meses)
Petrópolis R$ 8.515 (+9,1% em 12 meses)
Rio Branco R$ 8.402 (+5,03% em 12 meses)
Moinhos de Vento R$ 8.242 (+6,4% em 12 meses)
Menino Deus R$ 6.963 (+5,3% em 12 meses)
Centro Histórico R$ 4.818 (+0,4% em 12 meses)
Santa Tereza R$ 4.679 (+5,5% em 12 meses)
Nonoai R$ 4.027 (-0,9% em 12 meses)

Média nacional
O preço médio calculado para as 50 cidades monitoradas pelo Índice FipeZAP+ foi de R$ 7.905/m². Entre elas, os maiores valores médios foram apurados em: São Paulo (R$ 9.751/m²), Rio de Janeiro (R$ 9.664/m²), Balneário Camboriú (R$ 9.594/m²), Itapema (R$ 8.974/m²), Florianópolis (R$ 8.701/m²), Brasília (R$ 8.680/m²), Vitória (R$ 8.639/m²) e Itajaí (R$ 8.171/m²).

Já a lista de cidades com menor preço médio de venda para imóveis residenciais incluiu: Betim (R$ 3.335/m²), Pelotas (R$ 3.968/m²/m²), São José dos Pinhais (R$ 3.979/m²), São Vicente (R$ 4.044/m²), Ribeirão Preto (R$ 4.157/m²), Contagem (R$ 4.202/m²), São Leopoldo (R$ 4.232/m²) e Londrina (R$ 4.249/m²), além das seguintes capitais: Campo Grande (R$ 4.679/m²), João Pessoa (R$ 4.961/m²) e Goiânia (R$ 5.216 /m²).