Caxias do Sul - Caxias do Sul foi mais do que cenário para uma competição esportiva. A cidade viveu um verdadeiro espetáculo de superação, saúde e inclusão com a realização da 10ª Meia Maratona no domingo (28). O evento reuniu mais de 4 mil pessoas, entre atletas, voluntários e membros da organização. Mais do que números, a prova foi marcada por histórias humanas que emocionaram e inspiraram.
Entre essas histórias, uma ganhou destaque especial: a de Cauã e seu pai, Marcelo, que cruzaram juntos a linha de chegada após percorrerem 3,4 quilômetros pelo coração da cidade. Cauã, cadeirante, participou com o apoio e o empurrão firme do pai, simbolizando a força do amor, da família e da inclusão no esporte. A coroação foi repleta de emoção e reforçou laços entre pai e filho.
Mais que corrida, um movimento de inclusão
A Meia Maratona deste ano foi marcada pela participação de Pessoas com Deficiência (PCDs), atletas surdos, idosos com mais de 70 anos e famílias, mostrando que a corrida de rua é, sim, para todos. A presença desses atletas é a prova viva de que a atividade física vai além da competição: ela transforma vidas, conecta pessoas e promove saúde física e mental.
Os organizadores destacam que a proposta do evento sempre foi valorizar a diversidade e ampliar o acesso ao esporte. A Meia Maratona é realizada pelo Clube de Corredores de Caxias do Sul, presidido por Wissthon Rodriguez, Prefeitura de Caxias, por meio da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer e Sesc (Fecomércio-RS).
Saúde em movimento
Para muitos dos participantes, a corrida foi o ponto de chegada de jornadas pessoais de recomeço: pessoas que superaram doenças ou traumas. Todos com um objetivo em comum: cruzar a linha de chegada não apenas no asfalto, mas na vida.
O legado que fica
Com o sucesso da 10ª edição, a Meia Maratona de Caxias do Sul se consolida como um dos eventos esportivos mais importantes da Serra Gaúcha. Mas o que realmente marca é o que não aparece nos tempos cronometrados: a emoção, o esforço coletivo, a luta silenciosa de cada atleta, a torcida dos familiares, o trabalho dos voluntários e a inspiração que cada história deixa para quem assiste.
Seja nos 21 km completos, nos percursos de 3,4 km, 5 km ou 10 km ou nas passadas empurradas por um pai amoroso, a maratona mostrou que o esporte é uma ponte entre o desafio e a conquista, entre o esforço e a superação, entre as diferenças e a união.