Embora a responsabilidade pelo processo seja de alçada federal, a duplicação do trecho da BR-116 que corta Caxias do Sul na altura do antigo Clube Palermo não escapa à atenção da administração municipal. Na manhã desta quinta-feira (29), o prefeito Adiló Didomenico e a secretária municipal de Planejamento, Margarete Tomazini Bender, reuniram-se com representantes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e da Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul (Sulgás). O encontro teve por objetivo buscar soluções para acelerar a realização das obras necessárias no local – uma vez que há um segmento do gasoduto que percorre a cidade instalado no subterrâneo.
No momento, está em análise a necessidade de alguma forma de remanejo da estrutura para que a rodovia seja duplicada naquele trecho. Ou, de outro modo, o estabelecimento e a exposição de condições técnicas que tornem possível e deem garantias completas de segurança para a execução do projeto. De parte da Sulgás, um estudo aponta que o gasoduto pode permanecer onde está, com apenas alguns ajustes para a realização dos trabalhos. Os representantes da empresa citaram as obras na RS-030, entre Sapucaia do Sul e Gravataí, o viaduto de acesso à Unisinos e o viaduto que conecta a BR-116 à RS-386, todos na Região Metropolitana, como exemplo destas modalidade de condução. Há, por outro lado, uma preocupação específica com estudos de drenagem na região.
Já o DNIT propõe a elaboração de um termo de cooperação técnica com a empresa, no sentido de apontar e registrar todas as particularidades possíveis e estimadas a se observar no trecho, de modo a garantir a completa segurança dos trabalhadores, antes de se avançar com o projeto. Do ponto de vista da autarquia, o serviço é considerado de alto risco.
“Acredito que a presença da Sulgás no trecho é fundamental para oferecer acompanhamento e dar segurança aos trabalhadores. Mas conheço aquela região há muito tempo e sei que o solo é bastante favorável. Melhor do que do outro lado da rodovia”, ponderou o prefeito Adiló Didomenico.
“O que precisamos é compatibilizar a infraestrutura. A altimetria complexa da região é uma variável importante quando se buscam soluções para o fluxo de veículos. Mas o município precisa de solução e a Sulgás precisa identificar com segurança como proceder, para que as obras tenham prosseguimento. O Município fica à disposição para auxiliar em tudo que for necessário. Vamos acompanhar de perto este encaminhamento. O Município não abre mão desta obra”, comentou a secretária de Planejamento Margarete Tomazini Bender.
Também participaram do encontro o vereador Clóvis de Oliveira, o Xuxa, e o titular da Diretoria de Informações Geoespaciais (DIGEO) da Secretaria Municipal de Planejamento (SEPLAN), Niser Campelo de Matos. Da Área de Integridade de Ativos da Sulgás, estiveram Wagner Mecca, Sérgio Neto e Douglas Soares. E pela Unidade Local de Vacaria do DNIT, os representantes foram o superintendente regional Hiratan Pinheiro da Silva e o engenheiro Daniel Benke. A reunião foi realizada por videochamada.
“O Município se prontifica em ajudar e deseja permanecer em contato para acompanhar o andamento dos trabalhos, pois é o primeiro demandado pela população quando surgem as dificuldades e temos o compromisso de dar retorno”, concluiu o chefe do Executivo.