Justiça

Caso da menina Nayara completa um ano neste sábado

Foto: Reprodução
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Neste sábado (9) completa um ano do desaparecimento e morte da menina Nayara Soares Gomes. Ela desapareceu quando saiu de casa para ir à Escola Municipal Renato João Cesa, no bairro São Caetano, porém, ele nunca chegou ao destino. Desde os primeiros momentos, a Polícia Civil trabalhava com a hipótese de que a criança havia sido raptada por um carro de cor branca.

Ela desapareceu na manhã de sexta-feira, dia 9 de março do ano passado, na Rua Júlio Calegari, entre os bairros Monte Carmelo e São Caetano. Na ocasião, familiares e forças policiais fizeram uma grande mobilização na busca por informações que pudessem levar ao paradeiro da menina.

Treze dias depois do sumiço, o corpo da menina Nayara foi encontrado na região da Represa do Faxinal, em Ana Rech. O autor do crime foi preso pela Polícia Civil no bairro Serrano e indicou aos policiais o local onde estava o corpo. Um Fiat Palio de cor branca, que teria sido utilizado pelo criminoso para raptar a menina, foi apreendido e periciado.

Foto: Mauro Teixeira/Grupo RSCOM

No mesmo matagal onde o corpo foi localizado, a polícia também encontrou a mochila e a bota usada pela garota. Juliano Vieira Pimentel de Souza, de 31 anos, autor do assassinato, foi preso na residência onde morava na Rua Armindo Luiz Rech, esquina com Otávio Bernardi, no bairro Serrano.

De acordo com as investigações e o depoimento inicial do autor do crime apontaram que ele se aproveitou da ausência da esposa para raptar a menina e levá-la até a residência no bairro Serrano. No local, ele abusou sexualmente da vítima antes de matá-la.

O laudo pericial confirmou que menina morreu asfixiada e também apresentava uma fratura na coluna cervical. Na época em depoimento à Polícia Civil, o assassino confesso já havia dado indícios de que essa seria a causa da morte da menina.

Foto: Divulgação

Em agosto, do ano passado, o acusado esteve no Fórum de Caxias do Sul para a primeira audiência do caso. Neste ato, 16 testemunhas foram ouvidas. No último dia 5 de fevereiro ele foi sentenciado a 16 anos, seis meses e 10 dias de reclusão por ter estuprado outra menina da mesma idade em 2017.

A sentença foi expedida pela 3ª Vara Criminal de Caxias do Sul na segunda-feira (4). O crime ocorreu quatro meses antes de Juliano, 32 anos, raptar, estuprar e matar Naiara. Juliano está preso desde 21 de março de 2018 no isolamento da Penitenciária Estadual de Canoas II (Pecan II). O processo do caso Naiara está em fase de recursos.

Na Escola Municipal Renato João Cesa, onde a menina estudava, foi realizado um minuto de silêncio e foi feita uma oração em homenagem a memória da garota morta de forma trágica. De acordo com a diretora, Vanessa Reis dos Santos, os alunos dos turnos da manhã e tarde fizeram um minuto de silêncio e rezaram um Pai Nosso.

Conforme a diretora, não houve mudanças significativas na escola em relação a segurança em função do crime contra Nayara, entretanto, os pais passaram a tomar mais cuidados em relação aos filhos. “Depois do que aconteceu, os pais passaram a acompanhar mais de perto a chegada e a saída das crianças na escola”, conta.