O vereador licenciado Chico Guerra/PRB, hoje chefe de Gabinete do irmão e prefeito Daniel Guerra, está suspenso por 60 dias do mandato parlamentar, cuja pena deverá ser cumprida na medida em que ele tente retomar as atividades, na Câmara Municipal de Caxias do Sul. Em votação unânime, na sessão ordinária desta terça-feira (23/), o plenário se manifestou dessa forma, ao apreciar aquele que ficou conhecido como o “Caso do Corretivo”.
Momentos antes, a maioria dos vereadores rejeitou o ofício 159/2019, que pedia o arquivamento de denúncia contra Chico. O ofício resultou de processo disciplinar, avaliado na Comissão de Ética Parlamentar, presidida pelo vereador Rodrigo Beltrão/PT.
Por meio de questão de ordem, embasada no artigo 210 do Regimento Interno da Casa, aceita pelo vereador-presidente Flavio Cassina e aprovada pela maioria dos parlamentares presentes, o vereador Elói Frizzo/PSB ponderou que o assunto deveria se esgotar na sessão de hoje. Dessa forma, depois de rejeitar o arquivamento da denúncia, o plenário deliberou pela suspensão de 60 dias de Chico, pena então defendida por Beltrão, no âmbito da Comissão de Ética.
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A representação contra Chico havia sido movida pelo vereador Rafael Bueno/PDT. O assunto ficou conhecido como “Caso do Corretivo”. Tratou-se de conversa entre Chico e o ex-coordenador de Relações Comunitárias Rafael Bado.
Apresentada em áudio por Bueno, vereador denunciante, na sessão ordinária do dia 7 de junho de 2018, a conversa mostra o então vereador Chico, no exercício do mandato como líder de governo, sugerindo que as demandas do presidente da Associação de Moradores do Bairro Cânyon, Marciano Correa da Silva, não fossem atendidas, como forma de dar um corretivo no líder comunitário. O motivo seria a postura crítica de Marciano, em relação à Administração Municipal, com supostas ameaças, como a inclusão de Marciano em uma chamada lista negra da Prefeitura.
