A Capes, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, ligada ao Ministério da Educação, vai pagar, até a próxima terça-feira, todas as bolsas de estudo que deveriam ter sido pagas até esta quarta. O Ministério da Economia desbloqueou R$ 210 milhões do orçamento da Educação.
Primeiro, a Capes havia confirmado a liberação de R$ 50 milhões para o programa de formação profissional dos professores. Depois, outros R$ 160 milhões foram desbloqueados para pagar os demais bolsistas de programas de mestrado, doutorado e pós-doutorado.
Mais de 200 mil pesquisadores recebem essas bolsas de estudo. Ao passar nos concursos que fazem a seleção, esses bolsistas assinam um contrato de dedicação exclusiva e, por isso, não podem ter outra fonte de renda.
O corte de despesas da Educação, feito pela equipe econômica para respeitar a regra do teto de gastos públicos, também atingiu universidades, em R$ 344 milhões, e institutos federais, em R$ 208 milhões. As instituições de ensino superior dizem que não têm como pagar fornecedores, serviços essenciais e trabalhadores terceirizados este mês.
Na quarta-feira, o Ministério da Economia desbloqueou R$ 300 milhões do orçamento da Educação. O valor ainda é insuficiente para todos os pagamentos. O Conif, que representa as entidades federais de ensino profissional, alertou que os institutos vão começar o ano novo já com as contas no vermelho.
Nesta quinta-feira, estudantes universitários e professores fizeram manifestações em diversas cidades do país. Na capital federal, bolsistas da Universidade de Brasília organizaram um ato em frente à sede do Ministério da Educação.
Fonte: Agência Brasil