Campanha visa reconstruir casa consumida por incêndio em Flores da Cunha

No dia 5 de setembro, o fogo consumiu a residência de Sandra Siqueira, em Flores da Cunha. O fato aconteceu por volta das 20h, na esquina das ruas General João Manoel com a Barros Cassal, no bairro Aparecida. Na casa, no momento do incêndio, Sandra estava com mais quatro crianças. E, para construção de uma nova casa familiares e amigos estão se mobilizando. A Campanha visa reconstruir um lar para Sandra – confira no final da matéria como colaborar.

Diversos são os fatos que ocorrem em nosso dia a dia. Um dos papeis dos meios de comunicação é divulgar os acontecimentos de forma precisa e clara. A realidade pode depender de cada pessoa que vive a situação ocorrida. De forma objetiva, o factual está sempre chamando atenção das pessoas que se alimentam das informações divulgadas pelas rádios, televisões, redes sociais e portais. Porém, cada história contada em poucas linhas ou minutos continua existindo. E é caso de Sandra Siqueira, que resolveu compartilhar um pouco de sua vida e divulgar a ação. Sendo que campanha visa reconstruir o bem destruído pelo fogo.

Palavras de Sandra Siqueira

Meu nome é Sandra Siqueira e senti no meu coração que deveria compartilhar um pouco do que tenho passado. Eu acreditei que já havia passado por muitas coisas difíceis nessa vida, mas parece que cada fase se torna ainda mais desafiadora.

Em primeiro lugar, quero humildemente agradecer a Deus por ter poupado a vida de todos que se encontravam em nossa casa no dia 5 de setembro de 2023, quando nosso lar em Flores da Cunha incendiou. A vida de cada um de vocês não tem preço e são muito importantes pra mim… meus filhos, netos, irmã e genro são criaturas muito especiais e queridas, que tem muito para oferecer a esse plano material.

A casa – Nosso lar foi uma troca a mais ou menos 50 anos atrás quando meu querido pai estava vivo e juntando suas economias com o meu irmão Juarez comprou um carro que mais tarde foi trocado pelo que por muitos anos foi nosso lar.

Na época, vivíamos em 8 (pai, mãe e 6 irmãos) naqueles 3 quartinhos que guardavam tantas memórias, aquela simples casinha mantinha viva algumas das mais felizes lembranças de toda a minha família.

O incêndio

Já era de noite e uma fumaça leve começou a entrar na casa. Pensávamos que estaria vindo de fora da casa. Então, quando fechamos as janelas percebemos que a fumaça vinha do teto. Sendo que, em um instante meu genro subiu na parte interna do telhado para tentar localizar de onde vinha a fumaça.  Logo minha irmã deu a volta na casa para ver se havia fogo na parte externa e não havia absolutamente nada, apenas uma fumaça que se tornava mais e mais densa.

Assustada com tanta fumaça, minha filha levou meu netinho para a parte de baixo da casa. E com isso, liguei para a ambulância, pois meu filho Vitor havia acabado de fazer uma cirurgia e precisa de uma maca para se mover. Porém, minha filha ficou preocupada com a quantidade de fumaça que ele estava inalando e levou ele com a minha irmã para a parte de baixo da casa. Em seguida, enquanto meu genro levava minha neta que estava dormindo, nesse momento o fogo se instalou na nossa casa.

Ao vermos o fogo, começamos a gritar por ajuda e nossa vizinha e filhas ligaram para os bombeiros. E meu vizinho tentou controlar o fogo com o extintor, e meu genro com baldes de água. Nesse instante, minha filha e irmã começaram a tirar as crianças da casa e os escombros da parte de cima já estavam caindo. Em poucos minutos a casa havia sido tomada pelas chamas e nos restou apenas a sensação de perda, impotência, tristeza, horror, medo, incerteza.