Grupos de caminhoneiros ameaçaram nesta quarta-feira, 14, cercar a capital do Paraguai para pressionar por uma resposta do governo ao pedido de redução dos preços dos combustíveis. Ao final do terceiro dia de manifestações, pontuado por confrontos entre manifestantes e policiais que deixaram vários feridos e pelo menos cinco presos, os caminhoneiros anunciaram que vão esperar esta quinta-feira, 15. “Se a resposta do governo não for favorável à nossa reivindicação, é isso que vamos fazer, vamos sitiar Assunção”, destacou o representante da categoria, Basilio Duarte.
Ele antecipou que os cerca de 20 sindicatos que aderiram ao protesto, incluindo motoristas de gruas, plataformas de transporte de passageiros e caminhões, estão “de acordo” com o avanço para a capital. O dirigente lamentou que até então não tenham tido “uma única proposta do governo” ao seu pedido de reduzir em 1.500 guaranis (cerca de R$ 1,15) o preço do litro da gasolina de 93 octanas e do diesel tipo III. Neste contexto, ratificou a decisão dos caminhoneiros de não se sentarem para negociar com o Executivo, do qual exige que divulgue sua proposta de preços através de um comunicado à imprensa.
Duarte alertou ainda que foram alvo de “repressão” por parte da polícia, que despachou contingentes para diversos pontos do país para evitar bloqueios nas estradas. Além disso, indicou que cinco manifestantes foram detidos no quilômetro 66 da rota PY02, que liga Assunção a Ciudad del Este, cidade fronteiriça com o Brasil. Duarte relatou também que há feridos por disparos de balas de borracha, sem especificar o número.
Em sua conta no Twitter, a Polícia Nacional informou que, nesta quarta-feira, “vários agentes” ficaram feridos durante as manifestações na cidade de Itá e tiveram que ser atendidos em um hospital da região. A instituição acrescentou que vai tomar “as respectivas medidas judiciais”. Já na terça-feira, a polícia havia relatado feridos em meio às manifestações em Itá (localizada a cerca de 37 quilômetros de Assunção), entre eles um motorista de caminhão que foi levado para um hospital.
Fonte: Jovem Pan