Marcos Aloisio Lucchesi, proprietário de uma empresa de mudanças, já acumula um prejuízo estimado em R$ 20 mil após ter seu caminhão, modelo Mercedes Benz 1113, danificado em um buraco, no Km61, na ERS-122, em Farroupilha. Ele transitava pelo local na manhã do dia 7 de fevereiro quando não conseguiu desviar de um dos diversos buracos da rodovia. Conforme o caminheiro havia neblina naquele dia. Lucchesi teve a ponta do chassi avariada.
Os custos do motorista tiveram início ainda naquela manhã. Com o caminhão quebrado na beira da rodovia, ele precisou contratar outro veículo para realizar o trabalho daquele dia. Já na mecânica, houve dificuldade de conseguir a peça para a reposição do caminhão, que foi fabricado em 1984. Ele conseguiu apenas nesta semana, na cidade de Feliz. Somente no conserto ele já gastou R$ 4 mil.
Há duas semanas sem poder trabalhar, ele avalia que já deixou de ganhar em torno de R$ 15 mil em transportes. Além da empresa de mudanças, Lucchesi presta serviços para transportadoras de Caxias do Sul realizando fretes para São Paulo e Amazonas.
Ele relata que tem dois ajudantes que também estão sem poder trabalhar
“Eu sempre ando com dois ajudantes, estamos parados, ainda bem que ninguém se machucou. O valor não é o problema, vamos dar um jeito de pagar, o problema é que tá virando rotina, a gente só trabalha para conserto. Temos que só torcer para que nada de mais grave aconteça com ninguém”, disse.
Na quarta-feira (20) o Departamento Autônomo de Estradas e Rodagem (Daer) confirmou que a dívida de R$ 5 milhões que ainda estava pendente com a principal fornecedora de asfalto para autarquia ainda não foi paga. Com isso, todos os contratos do órgão estadual seguem parados.
Conforme o Diretor de Infraestrutura, Luciano Faustino da Silva, o Daer aguarda desde a última quinta-feira (14), quando o Governo do Estado quitou a folha salarial referente ao mês de janeiro, a liberação das verbas de pagamentos aos fornecedores. A expectativa é de que na sexta-feira (22) a dívida seja quitada e que a empresa volte a fornecer material asfáltico para a retomada das obras na Serra que são prioridade neste momento.