O empresário Farroupilhense, João Silvestrin, sócio da Silvestrin Frutas, comentou em entrevista ao Grupo RSCOM sobre a situação que vem ocorrendo na fronteira da Argentina e do Chile, onde mais de dois mil caminhoneiros brasileiros estão parados a cerca de 20 dias, devido a mudanças nos critérios sanitários relativos à Covid-19 entre os dois países e a falta de testes para que os profissionais possam seguir viagem.
Conforme ele, entre os caminhoneiros, estão 46 profissionais que trabalham para a empresa da Serra Gaúcha.
Ele explicou que o problema estava em uma falta de acordo entre a Argentina e o Chile quanto a apresentação dos testes negativos. Com isso, os trabalhadores foram obrigados a parar.
Ele relatou que as últimas informações vindas do local apontam que houve uma solução e que alguns caminhões começaram a rodar, porém, devido a enorme quantidade de veículos e do trabalho aduaneiro, a expectativa é de que a situação apenas se normalize no começo da próxima semana.
“Os caminhões já estão andando, mas não todos. Ainda temos caminhões parados na parte mais distante. Ainda há veículos parados a cerca de 150 quilômetros da Cordilheira dos Andes porque a fila ainda não se moveu nesse ponto. Isso, embora os custos dos caminhões parados, há o problema com os profissionais, parados em um deserto há cerca de 15 dias, ninguém merece, é desumano com os motoristas esse tempo todo”, disse.
Ele também comentou que a empresa já projeta uma perda de cerca de 60% no faturamento nas rotas do Chile que foram afetadas.
Além dos caminhoneiros brasileiros, estão na mesma situação profissionais da Argentina, Paraguai, Bolívia e os próprios chilenos, em um total estimado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística (CNTTL) em cinco mil caminhões.