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Câmara rejeita segunda denúncia contra o presidente Michel Temer

Brasília - Sessão plenária para analisar e votar o parecer do deputado Paulo Abi-Ackel que recomenda a rejeição da denúncia contra o presidente Michel Temer pelo crime de corrupção passiva (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Brasília - Sessão plenária para analisar e votar o parecer do deputado Paulo Abi-Ackel que recomenda a rejeição da denúncia contra o presidente Michel Temer pelo crime de corrupção passiva (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Diferença de votos a favor de Temer entre a primeira e a segunda denúncia foi menor (Marcelo Camargo, Agência Brasil/divulgação)

Repetindo o que ocorreu na votação da primeira denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer, a maioria dos deputados federais acatou nesta quarta-feira, dia 25, o relatório do deputado Bonifácio Andrada (PSDB-MG) e negaram o prosseguimento da denúncia contra Temer por organização criminosa e obstrução da Justiça.

A denúncia rejeitada pela Câmara também inclui os ministros Eliseu Padilha, da Casa Civil, e Moreira Franco, da Secretaria Geral, denunciados por organização criminosa. Com a decisão, os deputados livraram Temer de responder ao processo no Supremo Tribunal Federal (STF) durante o mandato. Agora, Temer responderá na Justiça somente após a conclusão do mandato, em 31 de dezembro de 2018.

Esta é a segunda vez que os deputados livram o presidente de ser processado. Na primeira denúncia, por corrupção passiva, votada em agosto, o resultado foi de 263 votos a favor do presidente e 227 contra, uma diferença de 36 votos favoráveis a Temer. Na votação desta quarta-feira, o placar da Câmara Federal apontou uma diferença bem menor, de 18 votos a favor do presidente. O resultado final apontou 251 votos a favor do relatório, 233 contra e duas abstenções. 25 deputados não compareceram. Entre eles, a deputada gaúcha Yeda Crusius (PSDB) não esteve no plenário.

Na denúncia da PGR, foram apresentadas como prova uma gravação entre Temer e o empresário Joesley Batista, a filmagem da entrega de uma mala de dinheiro em uma ação controlada da Polícia Federal, extratos de pagamentos feitos em uma conta no exterior e um caderno de anotações com o nome de Temer e valores em dinheiro.